Já se passou algum tempo desde que o primeiro paciente diagnosticado com o COVID-19 voltou ao Brasil.
De lá até hoje a vida de todos os brasileiros mudou radicalmente. Mais para uns do que para outros.
Há os que insistem em ser irresponsáveis, há aqueles que não têm espaço para isolamento e, principalmente, há aqueles que não podem ficar em casa.
Por todos os que não podem se cuidar com o isolamento, penso que toda a população ora por eles.
Mas os irresponsáveis, aqueles que insistem em desconsiderar a opinião dos especialistas, aqueles que por arrogância ou puro achismo resolvem não se cuidar, a eles está reservada uma responsabilidade terrível: eles estarão matando pessoas!
Parece exagero meu?
Muitos dos que estão brincando de invulneráveis têm uma grande chance de estarem contaminados e ainda sem sintomas (não temos e, provavelmente, não teremos no futuro) testagem para todos.
Talvez neles a doença, quando se manifestar, não provoque danos sérios.
Mas eles saberão quantos idosos frágeis, quantos adultos com doenças crônicas infectaram? Saberão quantos desses infectados não sobreviveram? Saberão quantas famílias eles enlutaram?
Aqueles entre nós que têm se esmerado em fazer se acirrarem as disputas políticas, insanas num momento assim tão grave quanto este, já pensaram que, apoiando decisões baseadas apenas em achismo ou coisa pior, estão matando gente tanto quanto o vírus?
Aqueles que torcem para que alguém ganhe essa ridícula disputa de egos que temos presenciado, será que já se deram conta de que serão responsáveis pela perda de vidas humanas?
E se alguns desses irresponsáveis perderem alguém próximo e muito amado, delegarão a culpa ao vírus, ao governo, à fatalidade, a Deus?
Eu não sei a opinião dos leitores, mas a minha é que, se a humanidade não der agora um salto de consciência, nós todos nos destruiremos uns aos outros em muito pouco tempo.
Bom futuro a todos nós!