Está em curso entre os dias 2 a 25 de janeiro a 54º edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior que é a principal competição da categoria de base no Brasil. Também chamada de copinha essa competição é organizada pela Federação Paulista de Futebol. Um torneio que iniciou com 128 clubes de todo o Brasil, oferecendo oportunidades a clubes e atletas de todo o Brasil e investidores de todo o planeta. Para os clubes desconhecidos a oportunidade de aparecer no cenário nacional. Para os atletas uma oportunidade de ser observado pelas multidões de olheiros e a possibilidade de uma mudança radical de vida para toda a família. Para os investidores a oportunidade de colocar seus meninos na vitrine ou fechar contratos com novos potenciais diamantes a serem lapidados. Muitos dos grandes jogadores brasileiros que ficaram milionários com o futebol passaram por esse torneio. Na primeira fase (de grupos), o desnível entre as equipes é algo que chama a atenção. Os grandes clubes que tem uma estrutura de formação mais adequada levam muita vantagem principalmente na questão física. Como esse torneio acontece em janeiro em função do aniversário da cidade de São Paulo e por isso a decisão é sempre no dia 25 de janeiro, vários clubes que tem uma boa estrutura de base puxam os principais jogadores do sub 20 para incorporar ao time profissional e esses bons jogadores acabam desfalcando seus times. É o que acontece, por exemplo, com o Flamengo em que nos últimos anos o clube inicia os primeiros jogos do campeonato Carioca com o time do sub 20 e assim puxando vários jogadores do sub 17 para disputar a copinha. Mesmo assim, o Flamengo já venceu esse campeonato por quatro vezes. Alguns torcedores e até profissionais da imprensa criticam os clubes que desfalcam o elenco na disputa da competição. Tenho uma visão diferente sobre as divisões de base de um clube de futebol de elite. A base tem como objetivo formar jogadores para que o time principal seja abastecido de bons jogadores, bem como fazendo receitas para equilibrar as finanças e manter uma estrutura sempre competitiva. É logico que o modelo de desenvolvimento desses atletas deve participar de competições para que a parte psicológica e comportamental também seja trabalhada. O futebol de base não tem objetivos de obtenção de títulos.
Pelo menos essa é a minha opinião!