O futebol é um esporte coletivo em que o time que está com a bola (atacando) deve conduzi-la por volta de 90 a 120 metros até chegar próximo à área do adversário e buscar as chances de arremate para acertar o alvo que é o gol. Esse desafio precisa envolver o grupo de onze jogadores, enquanto os outros onze jogadores do outro time que está defendendo devem impedir esse deslocamento e aproximação da meta. Em ambas as situações quanto maior a solidariedade e o comprometimento, mas eficaz cada time executa seus objetivos. Portanto, o que leva um time ser campeão não depende somente das habilidades individuais, mas a capacidade de solidarizar-se. O triste desastre climático ocorrido no Rio Grande do Sul acabou por paralisar o Brasileirão por duas rodadas. Muito se discutiu e as opiniões se divergiram em relação a essa parada. Eu concordei com a parada por apenas duas semanas considerando que seria necessário dar um tempo para que os três clubes Gaúchos se reorganizasse para não ter prejuízos na competição. Porém, entendo que o retorno do campeonato mais colabora que prejudica. Primeiro porque a indústria do futebol mesmo que seja somente na primeira divisão emprega e leva receitas a muitas pessoas que estão envolvidas nos jogos. São pessoas que trabalham em estádios de várias funções, na logística, nos bares e restaurantes, vendedores ambulantes, entre tantos negócios envolvidos. O Jogo de domingo chamado pelos organizadores de “futebol solidário” em função de ser em beneficio da população flagelada do Rio Grande do Sul teve toda a arrecadação destinada aos necessitados. Mas se a CBF em conjunto com os clubes da serie A do Brasileirão resolver que cada ingresso vendido teria uma porcentagem direcionada ao povo sofrido, imaginem o volume e o quanto seria importante essa ajuda. Diferentemente da paralização pela pandemia da covid que era algo para conter a contaminação, no caso da tragédia do sul, a solidariedade deve ser fazendo a bola rolar, pois o futebol é solidário por origem e natureza.
Pelo menos essa é a minha opinião!