Chefinha, chefinho!
De acordo com a Universidade de Toronto, em artigo publicado na revista Journal of Health and Social Behavior por Scott Schieman e Taralyn McMullen, o gênero do chefe interfere na saúde mental e física de seus subordinados. Para chegar a essa conclusão, eles estudaram uma amostra de 1.800 pessoas, no ano de 2005, divididas em três grupos: um com chefe mulher, outro com chefe homem e o terceiro com dois chefes, um homem e uma mulher. Foram observados o nível de estresse, as manifestações clínicas de estresse, o tipo de trabalho e o relacionamento interpessoal, além de outros fatores da vida no ambiente de trabalho.
O estudo descobriu que:
:: Mulheres chefiadas por uma mulher relataram mais estresse e apresentaram mais sintomas físicos do que mulheres chefiadas por homens.
:: Mulheres que reportavam a dois chefes, um de cada gênero, também sofriam mais do que as mulheres que tinham apenas um chefe do sexo masculino.
:: Homens que possuíam apenas um chefe apresentavam o mesmo índice de estresse, independentemente do gênero do chefe.
:: Homens que tinham dois chefes, um homem e uma mulher, reportavam menos estresse e apresentavam menos sintomas do que os chefiados por apenas um homem.
Segundo o autor principal do artigo, o gênero do chefe não é o único fator que interfere no nível de estresse no trabalho, mas é um dos principais, e age de forma independente de outros, como condições físicas do ambiente, carga horária, salário etc.
Fonte: Carta Capital