O homem vive em sociedade, é um animal social. Ao nascer, recebe uma herança cultural.
O comportamento do indivíduo é condicionado pela cultura em que convive. O processo de assimilação da cultura recebe o nome de socialização. A vida humana é convivência.
Somos seres dependentes e associativos. Dependemos da natureza para sobreviver e da sociedade para desenvolver.
Ao contrário dos outros animais, nossa fragilidade nos torna dependentes do meio familiar e vivemos um prolongado processo de maturação biológica, psíquica e social. Somos especiais e inconfundíveis.
Enquanto convivemos, somamos diferenças e reforçamos semelhanças. Produzimos o fenômeno social. Ex: Grupo de jovens – Rock, surfe, jeans, vídeo game.
A socialização é um processo dinâmico e contraditório. Os indivíduos nem sempre aceitam as normas sociais. Por vezes, rebeldia discreta e, outras, inconformismo e conflitos.
Algumas transformações são tão profundas, rápidas e violentas que as denominamos de revoluções. Ex: Revolução Industrial e Revolução Francesa.
Nos grandes centros urbanos, os relacionamentos tendem a ser: impessoais. A correria da vida urbana determina uma relação periférica sem grandes comprometimentos íntimos.
A convivência enfrenta o problema das competições. Existem conflitos entre classes, entre grupos étnicos, entre turmas de estudantes e no âmbito do trabalho.
O outro se apresenta como uma ameaça aos valores de uma determinada tribo que idealiza através da vestimenta, ações e sinais característicos, um projeto de vida considerado perfeito.
No caso da competição individual, prevalece o espírito de um sistema montado para privilegiar o vitorioso, aquele que alcançou a excelência no plano material ou intelectual, verificado pelo grau de fortuna que conquistou, ou ainda, pela visibilidade na mídia.
Neste tipo de competição individual, não se costuma levar em consideração as dificuldades de formação cognitiva, proveniente da condição sócio-financeira, responsável pela menor capacidade de aprendizagem, ou de acesso aos melhores recursos didáticos, necessários a uma avaliação realista do processo da superioridade do futuro bem sucedido.
A ideologia que mascara a diferença, age de forma tão eficiente, contemplando a vaidade do vitorioso que entende seu benefício como algo natural e biológico. E o derrotado por sua vez, completa a lógica perversa, assumindo sua incompetência intelectual, se preparando exclusivamente para atividade braçal.
A escola do derrotado não se preocupa com a formação humanística, pois é voltada a finalidade intrínseca do projeto mercadológico, ou seja, qualifica tecnicamente aquele que com seu trabalho, continuará produzindo a riqueza dos vitoriosos.
Em nossas relações sociais, desempenhamos papéis sociais que nos levam assumir responsabilidade perante os outros. A convivência acaba enfrentando o problema da competição.