Se for algo que os brasileiros conhecem bem é o fenômeno da concentração de renda e a consequente desigualdade social, pois o Brasil se destaca entre os países que lideram esse triste ranking. Os 10% mais ricos no Brasil possuem quase 80% do patrimônio privado. O futebol que é um esporte de massa em todo o mundo também tem sua concentração de renda o que gera naturalmente uma desigualdade. No Brasil atual, a renda está concentrada em poucos clubes (principalmente Flamengo e Palmeiras), por deficiências de gestão dos demais grandes clubes que embora tenham imensas torcidas, não tiveram uma gestão voltada para um bom desempenho financeiro e hoje não conseguem promover grandes investimentos em jogadores e manter uma folha de pagamento de alto nível técnico. Assim, principalmente esses dois clubes vêm vencendo tudo no continente e tendo as maiores receitas, criando um circulo vicioso e se distanciando dos demais. Quando olhamos a nível mundial, fica muito clara a concentração em alguns clubes da Europa, principalmente na Espanha e Inglaterra. Atualmente o continente Sul americano é representado pelos dois brasileiros Flamengo e Palmeiras, mas quando ambos chegam ao campeonato mundial de clubes, percebe-se uma distancia considerável do nível de investimentos. Somente o futebol pode eventualmente criar uma surpresa em que em apenas um jogo, o clube pequeno pode vencer o grande, mas isso também está com os dias contados, pois a mudança no modelo de disputa a partir de 2025 terá uma quantidade muito maior de clubes, onde o nível de dificuldades aumentará e a desigualdade estará ainda mais em evidência, promovendo ainda mais a exclusão. O mundial de clubes evidencia a desigualdade que acontece também no futebol.
Pelo menos essa é a minha opinião!