Os clubes de futebol no Brasil em função da paralização das atividades esportivas colocaram seus funcionários e atletas de férias como um meio de prorrogar outras decisões como demissões de funcionários e desligamento de atletas. Todos os profissionais deveriam estar retornando agora neste inicio de maio, porém a situação da pandemia no Brasil ainda está em ascensão, se aproximando do momento ainda mais dramático e crítico que é o pico de contaminação e de internações, ameaçando gerar a temida sobre carga no sistema de saúde. Mas levando para a situação do esporte, vários clubes estão se organizando para voltar aos treinos, embora isto dependa das autoridades governamentais. Nesse momento uma polêmica vai se criando em função das diferenças de opiniões em relação ao momento Do retorno do futebol. A Federação de Futebol do Estado Rio de Janeiro (Ferj) publicou, na tarde deste domingo (03/05), uma resolução que deixa a cargo dos clubes a decisão de retomar as atividades, desde que cumprindo o protocolo estabelecido para se evitar o contágio de Covid-19. O Sindicato dos Atletas e a Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) defendem a continuação dos estaduais após a pandemia do novo Coronavírus. Há o receio de que os clubes não recebam a última parcela da Globo referente ao torneio e também que alguns atletas de time menores fiquem sem receber o salário integral por tempo indeterminado. Nesta sexta-feira (30/04), o Ministério da Saúde sinalizou com um parecer positivo à retomada do esporte, mas nem todos os estados devem seguir essa tendência – o Rio Grande do Sul é o mais avançado na volta aos treinamentos.
Alguns países em que a pandemia já está na curva descendente, ás federações criaram protocolos em que os clubes são obrigados a seguir, na qual interferem nos métodos de treinamentos, na movimentação dos atletas dentro e fora do clube e o sistema de alimentação. No momento em que a Europa avança no alívio das medidas de isolamento, o assunto divide governos, dirigentes esportivos e até jogadores. Há clubes que já retornaram ás atividades.
A verdade é que essa paralização está levando a indústria do futebol que é muito significativa para a economia em função da movimentação de recursos que ela gera, sem contar na dor da abstinência aos apaixonados torcedores. Vejo que, tal como as demais indústrias estão se adaptando aos protocolos de segurança, os clubes também podem fazê-los por enquanto somente para os treinamentos, onde o domínio dos controles é mais seguros. Lembrando que os clubes tem estrutura de centro de treinamentos com condições dos atletas não precisarem fazer deslocamentos ( o que não acontecem com os trabalhadores normais que estão se deslocando). Enquanto isso, o processo da pandemia vai se evoluindo para mudar a trajetória da curva de infectados. Tudo isso sem ainda se falar na possibilidade de haver jogos sem público. O que precisa é avaliar o custo de manter este protocolo, se não vai ser mais caro que ficar totalmente parado.
Pelo menos essa é a minha opinião!