Assunto que vem ganhando cada vez mais evidência no meio científico, o paradigma da chamada cura quântica se refere à capacidade universal que existe nos seres vivos de se auto-organizar perante determinados tipos de estímulos e para falar sobre isso.
O neurocientista e professor da Universidade Holística do Brasil em Maria da Fé, Dr. Francisco Di Biase explica que, quando se fala em cura quântica nos aspectos de se colocar a pessoa equilibrada em relaxamento, é preciso levar em consideração que existe uma interconexão entre as redes neurais clássicas e alguns aspectos quânticos a nível molecular. Dessa maneira, dentro das células formam-se determinadas proteínas que, através das suas configurações tridimensionais, se tornam a ponte que entre as redes neurais clássicas e esse equilíbrio quântico atômico-molecular.
O funcionamento quântico do cérebro como é apresentado foi muito criticado, uma vez que se considerava impossível tal situação em temperatura ambiente. No entanto, a pouco tempo (cerca de 4 ou 5 anos) se começou a comprovar que fenômenos quânticos a temperatura ambiente realmente ocorrem e um grande exemplo disso é a própria fotossíntese. Essa interação da vida e do universo gerando vida tem, portanto, fundamentação quântica.
Algo muito impactante sobre isso, conta Di Biase, é entender que todo esse universo quando começou a se formar a partir daquela explosão inicial do big bang, ou outras formas de explicar o universo, mas que no início era uma coisa mínima que evoluiu de forma inflacionária durante milissegundos para gerar um universo e depois de um trezentos milhões de anos com luz e iniciar formação de galáxias e estrelas, isso tudo era baseado apenas no átomo de hidrogênio.
O átomo de hidrogênio foi então se transformando em átomos de hélio dentro das fornalhas termonucleares das estrelas que implodem e geram a transformação desses elementos leves em lítio, carbono, nitrogênio e oxigênio que são a base da vida. Quando essas estrelas explodem em supernovas, elas espalham no universo o carbono que vai permitir seres como nós, seres humanos.
Seguindo o raciocínio, é possível concluir que o universo é um universo vivo que é algo incrível, pois quando se pensava na mecânica e física clássicas, o universo estava morto e tendia para uma desordem cada vez maior. Nessa visão antiga do universo, a vida era uma exceção.
Na nova concepção de universo, não se fala mais em vácuo, mas sim num pleno campo quântico gerador de energia, sendo essa energia geradora de universo, esse universo gerador de vida e essa vida geradora da consciência que vai ser responsável por gerar a autoconsciência que permite o entendimento de que o ser é o próprio universo.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM