É difícil discordar que uma criança deve obedecer aos pais, um militar deve obedecer ao comandante e um empregado deve obedecer ao patrão. Por outro lado, nem sempre um político obedece ao partido a que pertence ou um jogador de futebol obedece o esquema tático do treinador etc. Por que isso acontece?
A resposta parece simples: porque o ser humano pensa que não nasceu para ser mandado sempre. Por ser dotado de inteligência, não concorda com determinadas ‘regras’ que limitam o seu comportamento, porém, nem sempre se dá bem sendo desobediente.
E com relação a Deus, como fica a nossa obediência? Por que a sua Palavra quase sempre é desrespeitada? A resposta também é simples: porque Deus nos dá mais liberdade de escolha do que qualquer ‘patrão’. E muita gente se aproveita disso para desobedecer, sem medir as consequências.
Quem será que já parou o suficiente para pensar que essas consequências estão entre o céu e o inferno? É muito forte esse tipo de colocação? A resposta ainda é simples: caminhando na fé, nos afastamos do inferno e nada devemos temer!
Portando, encarando a linda realidade de que somos filhos de Deus e a Ele devemos total obediência, aconselho que rezemos sempre a “Ladainha da Humildade”:
“Senhor, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus, manso e humilde de coração, ouvi-nos. Jesus, manso e humilde de coração, atendei-nos. Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso.
Do desejo de ser estimado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser amado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser buscado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser louvado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser honrado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser preferido, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser consultado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser aprovado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser adulado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser humilhado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser desprezado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser rejeitado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser caluniado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser esquecido, livrai-me, Jesus! Do temor de ser ridicularizado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser escarnecido, livrai-me, Jesus! Do temor de ser injuriado, livrai-me, Jesus!
Que os outros sejam mais amados do que eu – ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros sejam mais estimados do que eu – ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros possam crescer na opinião do mundo e que eu possa diminuir – ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que aos outros seja concedida mais confiança no seu trabalho e que eu seja deixado de lado – ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros sejam louvados e eu esquecido – ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros possam ser preferidos a mim em tudo – ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros possam ser mais santos do que eu, contanto que eu pelo menos me torne santo como puder – ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo!
Ó Maria, Mãe dos humildes, rogai por nós. São José, protetor das almas humildes, rogai por nós. São Miguel, que fostes o primeiro a lutar contra o orgulho e o primeiro a abatê-lo, rogai por nós. Ó justos todos, santificados a partir do espírito de humildade, rogai por nós.
Oremos: Ó Deus que, através do ensinamento e do exemplo do Vosso Filho Jesus, apresentaste a humildade como chave que abre os tesouros da graça (cf. Tg 4,6) e como fundamento de todas as outras virtudes – caminho certo para o céu – concedei-nos, por intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria – a mais humilde e a mais santa de todas as criaturas -, aceitar agradecendo todas as humilhações que a Vossa Divina Providência nos oferecer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém.”
Humildade e obediência: virtudes inseparáveis para se aproximar de Deus.
Paulo R. LabegaliniVicentino, Ovisista e Cursilhista de Itajubá. Engenheiro e professor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG). Autor do livro ‘Histórias Infantis Educativas’ – Editora Cléofas.