À noite, depois da missa, sentava na lanchonete da praça com a família para jantar e passar o tempo “apreciando o movimento”. De nada disso eu me arrependo, mas também nada disso me traz saudades.
Atualmente, os meus finais de semana são muito mais corridos e mais abençoados! Aproveito a folga do trabalho profissional para me dedicar às coisas de Deus e sou bem mais feliz assim: preparando músicas para a próxima missa; escrevendo textos iguais a este; lendo as revistas católicas que assino; assistindo algumas programações da Rede Vida e da TV Canção Nova; visitando os pobres… Isso tudo, sem perder missa e dar atenção à família, é claro!
Assim, há anos que não leio os jornais dominicais, nem vou ao clube nadar e muito menos fico fazendo hora na praça. Quando alguém procura me repreender dizendo que preciso me divertir ou me atualizar, respondo que Deus providencia tudo aquilo que precisamos no devido tempo, se oferecermos a Ele o nosso próprio tempo. A minha família sempre está comigo nessas atividades que relatei e, quanto à atualização que preciso, procuro rapidamente algumas notícias que me interessam na internet.
Em alguns finais de semana, sinto cansaço físico, mas a paz de espírito compensa tudo!
Bem, eu acho importante passar um pouco das minhas atividades para as pessoas, porque muita gente pensa que para atuar nas comunidades católicas precisa ser um ‘fanático religioso’ ou até mesmo ter grande vocação para os trabalhos de Deus. No meu caso, eu simplesmente aceitei um chamado de Jesus, me apaixonei ainda mais por Nossa Senhora e tenho certeza que me dei bem.
Ninguém precisa fazer exatamente o mesmo que eu, já que Jesus nos dá tempo e liberdade suficientes para todas as nossas necessidades, mas, como já disse, sou feliz assim.
Nas prateleiras do supermercado espiritual da vida – que nunca fecha – tenho procurado colocar no meu carrinho de compras: muita humildade, mais paciência, um pouco de caridade, compreensão, fé, sabedoria, oração, amor ao próximo, graças abundantes de Nossa Senhora, cantos e louvores a Deus. Agindo assim, de vez em quando me sinto na obrigação de perguntar: ‘Quanto será que já devo?’. Quem sempre me dá a resposta é Nosso Senhor Jesus Cristo, falando alto no meu coração: ‘Meu filho, paguei sua conta há muito tempo no Monte Calvário. Faça bom uso das suas compras. Vá em paz e volte sempre’.
E sempre agradeço: Muito obrigado, Senhor!