E acredito que você concorda que, ao contratar um serviço, o preço constitui um elemento crucial na avaliação do resultado desejado.
Por exemplo: antes de cortar o cabelo, o cliente tem uma expectativa de como ficará a sua aparência após o corte. Ao ver o resultado, conclui se está ou não do seu agrado e, em função dessa avaliação, fica ou não satisfeito em pagar a quantia combinada, certo?
Portanto, se o que se está vendendo no mercado não passar no teste de valor, o cliente deixará de comprar. Para ele, o preço que paga por determinada qualidade tem que ser, no mínimo, igual aos benefícios que obtém.
Assim, caro ouvinte, no mundo competitivo de hoje, para continuar vendendo cada vez mais, cabe ao fornecedor adicionar mais valor quanto possível antes, durante e depois da prestação do seu serviço, concorda?
É dessa maneira que as coisas funcionam no mundo dos homens, mas como será esse julgamento de valor no Reino de Deus? Vejamos a parábola dos operários da vinha (Mat 20, 1-15):
“Com efeito, o reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar operários para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha. Pela undécima hora, encontrou ainda outros na praça e perguntou-lhes: ‘Por que estais todo o dia sem fazer nada?’ Eles responderam: ‘É porque ninguém nos contratou.’ Disse-lhes ele então: ‘Ide vós também para minha vinha.’
Ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: ‘Chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros.’ Vieram aqueles da undécima hora, e receberam cada qual um denário. Chegando por sua vez os primeiros, julgavam que haviam de receber mais. Mas, só receberam cada qual um denário. Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo: ‘Os últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes tanto como a nós, que suportamos o peso do dia e do calor.’ O senhor, porém, observou a um deles: ‘Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti. Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura, vês com maus olhos que eu seja bom?”
Ao relatar esta parábola, Jesus deixou bem claro que a justiça de Deus é diferente da justiça dos homens. Se considerarmos o conceito de valor explicado no início do artigo, realmente cada trabalhador da vinha teria que receber uma quantia proporcional àquela de um dia de trabalho, mas, se entrarmos agora no Reino de Deus, sabemos que ‘muitos dos últimos serão os primeiros’!
Pense nisso e recupere o que deixou de fazer para agradar o Senhor. Ainda dá tempo!