Nós, vicentinos, saímos de casa nas horas de lazer para visitar o pobre, visitar o doente, ou até mesmo providenciar sepultamentos para pessoas que não são nossos parentes, mas estão ligadas a nós pelo Amor de Deus. Porém, o tempo do vicentino dedicado ao amigo-pobre não é roubado da família – que a ele tem direito -, mas da cerveja com os amigos, por exemplo. As comemorações e festas pagãs quase sempre são substituídas por orações, porque o trabalho com o pobre também é oração que chega a Deus.
O amor pelo pobre é o traço de união de todos os vicentinos do mundo. Mesmo quando agimos com energia nas dificuldades enfrentadas pelos irmãos necessitados, nós o fazemos com amor. O próprio Jesus nos mostrou que energia na medida certa também revela amor.
E todas as obras da SSVP só tem sentido se partirem desse desejo de servir o pobre – servi-lo após a constatação de suas reais necessidades. Não ajudamos ao chefe da família substituindo-o em suas responsabilidades junto aos seus, mas o ajudamos a dirigir e a orientar os seus familiares. Para isso, é preciso conhecer o verdadeiro pobre, aquele que não pede esmolas nas ruas, mas curte sozinho a sua pobreza. Cabe a nós, vicentinos, encontrá-los. Eles são a imagem de Cristo e só quem estiver despojado da ganância em acumular bens materiais aqui na terra os enxerga e os promove.
Uns, Deus chama à pregação; outros, à conversão; os vicentinos, Deus chama à visita ao pobre em seu domicílio para, em nome da Igreja, realizar este trabalho maravilhoso de caridade, de doação pessoal, de amor, usando os dons que Ele nos deu.
Altruísmo ou filantropia não é o ideal vicentino. A Sociedade São Vicente de Paulo é uma escola de vivência humana em ajudar o outro. É uma escola de santidade e nos coloca mais próximos de Deus.
Eis a ORAÇÃO A SÃO VICENTE DE PAULO: (que concede 100 dias de indulgência)
Ó glorioso São Vicente, padroeiro de todas as obras de caridade e pai de todos os necessitados, vós que nunca na vossa vida abandonastes a ninguém de quantos vos imploraram, considerai a multidão dos males que pesam sobre nós e vinde em nosso auxílio; alcançai do Senhor socorro aos pobres, alívio aos enfermos, consolo aos aflitos, proteção aos desamparados, caridade aos ricos, conversão aos pecadores, zelo aos sacerdotes, paz à Igreja, tranqüilidade às Nações e a todos a salvação.
Fazei que experimentemos todos os efeitos de uma piedosa compaixão e que assim socorridos por vós nas misérias desta vida, sejamos reunidos convosco no Céu, onde não haverá nem tristeza, nem dores, mas somente gozo, dita e bem-aventurança eterna. Amém.
E eu encerro com o cumprimento vicentino: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!” “Para sempre seja louvado!”