O clima de descontração deu o tom do mais recente “Papo de Esportes”, que contou com a participação de Vitória Baratella e do professor Ronaldo Abranches. Entre comentários bem-humorados sobre a rodada do Campeonato Brasileiro e previsões para os próximos jogos, o debate ganhou profundidade ao abordar um dos temas mais discutidos do momento: a profissionalização da arbitragem no futebol brasileiro.
Ronaldo Abranches destacou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), entidade bilionária, ainda não trata a arbitragem com o profissionalismo necessário. “A falta de preparo e o acúmulo de funções fazem com que muitos árbitros tratem o apito como um bico, o que prejudica a qualidade e a credibilidade das partidas”, apontou. Ele defendeu que a profissionalização permitiria maior tempo de treinamento, estudo e controle técnico, reduzindo os erros que têm causado polêmicas em todas as rodadas.
Vitória Baratella concordou e observou que a ausência de critérios claros alimenta desconfianças entre torcedores e dirigentes. “A pressão é enorme, e a cada semana surgem novas teorias de manipulação e favorecimento, especialmente com o envolvimento das casas de apostas”, afirmou.
A dupla também comentou o confronto entre Flamengo e Palmeiras, que reacendeu discussões sobre possíveis favorecimentos e falhas de arbitragem. “O Flamengo foi mais eficiente nas falhas do Palmeiras, mas a discussão sobre pênaltis e decisões do VAR mostra que ainda há muito a ajustar”, disse Ronaldo Abranches.
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Os comentaristas ainda abordaram a chamada “espanholização” do futebol brasileiro, fenômeno que, segundo eles, pode ocorrer com a concentração de títulos e investimentos em poucos clubes. “Se continuar assim, corremos o risco de ver um campeonato dominado por duas ou três equipes, como acontece com Real Madrid e Barcelona na Espanha”, alertou Abranches.
Ao final do programa, Vitória e Ronaldo mantiveram o tom leve que caracteriza o quadro, analisando as chances dos times na luta contra o rebaixamento e nas competições continentais. O professor encerrou com um tom otimista: “A rivalidade aquece o campeonato, mas o essencial é que o futebol volte a ser um espetáculo justo e apaixonante para quem está nas arquibancadas.”
Por Redação, com informações de Vitória Baratella e Ronaldo Abranches