○ Papo de Esportes: Esporte no Brasil: Uma festa para torcedores, empreiteiras e políticos

O Brasil se destaca quando o assunto é improdutividade. Isto se intensifica quando está relacionada aos recursos públicos que normalmente são administrados por pessoas sem a devida formação e principalmente sem ética e caráter, pois normalmente não tem a responsabilidade com o erário público que são os recursos oriundos da população.

Neste aspecto, o esporte é uma grande festa não somente pela atividade em si, mas também pela maneira que utiliza os recursos públicos.

A cidade do Rio de Janeiro tem 17 arenas cadastradas na CBF. É a cidade com mais estádios disponíveis no Brasil. O Rio de Janeiro gastou cerca de R$ 2 bilhões em reformas ou construção de arenas nos últimos anos. Boa parte desse dinheiro foi público. Foram R$ 304 milhões no complexo do Maracanã visando os Jogos Pan-Americanos de 2007, mais R$ 1,2 bilhão para reformar o estádio para receber a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014. Fora adaptações para a Olimpíada, cujos valores ainda estão sendo levantados. O programa Fantástico (da Rede Globo) deste domingo apresentou detalhes do esquema de corrupção envolvendo a obra do Maracanã.

Já o estádio Nilton Santos (Engenhão), teve custo de construção de R$ 380 milhões. Depois passou por reformas visando a Olimpíada de 2012 e foram gastos mais R$ 115 milhões no local, que recebeu as provas de atletismo e jogos de futebol.

Todo este gasto para que o Flamengo tivesse em 2016 sair jogando em várias praças pelo Brasil a fora e já em 2017 os clubes ainda não tenham local para realização dos jogos. O último clássico entre Vasco e Flamengo e depois a decisão entre Flamengo e Fluminense foi uma grande polêmica envolvendo os locais dos jogos por não haver disponibilidades. São situações que um gringo que por ventura estiver passando por aqui jamais vai entender.

Pelo menos uma luz acende ao fundo do túnel quando alguns políticos encontram-se atrás das grades impossibilitados de usufruir de todo o dinheiro roubado, ficando para a população ainda a conta de R$2.400,00/mês das despesas de hospedagem por cada preso na penitenciária.

Resta saber, o que resta desta festa!

Pelo menos essa é a minha opinião!