○ Papo de Esportes: esta semana começa a Libertadores

Time da base ensina a base para vestir o manto rubro negro

A evolução ou quedado desempenho de qualquer esporte de um país, depende de como está sendo feita o desenvolvimento dos atletas. O futebolprincipalmente na atualidade, depende das escolinhas onde as crianças chegam cheios de esperanças em se transformar em um jogador de futebol profissional e virar ídolo. Na Alemanha houve um trabalho com a interferência da Federação Alemã de Futebol (DFB) que é a segunda maior associação de futebol do mundo e organiza oCampeonato Alemão de futebol(Bundesliga). A Alemanha fez um trabalho de descentralização, criando escolinhas pelo interior e até zona rural, utilizando uma metodologia para melhorar o desempenho na geração de atletas do futebol e também com vários objetivos sociais. O resultado pudemos observar na Copa passada onde tivemos que amargar um histórico 7 x 0. No Brasil existe uma crítica de que as escolinhas estão reduzindo a capacidade de improvisação e criação dos jogadores em função da grande exigência na postura tática e rigor de marcação nas divisões de base. É notório a redução do índice de lançamento de jogadores de grande habilidade como tínhamos antigamente.

Por isto que para mim, os times de base não devem ser preparados para ganhar títulos e sim abastecer o time profissional com bons atletas, mantendo um nível de desempenho do time profissional e também fazendo dinheiro para continuar mantendo a estrutura de geração de valores e oxigenando o caixa do clube. O Flamengo que atualmente é um dos clubes que mais investem na base, teve um orçamento de 17 milhões em 2017. Somente com a venda de dois jogadores em um mesmo ano (Jorge e Vinicius Jr.), gerou uma receita de quase 190 milhões de reais, que se fosse utilizado somente na base e mantendo o nível de investimento de 2017, teria o investimento na base garantido para os próximos 11 anos. O dirigente da base do Flamengo Luiz Gustavo Nogueira em entrevista àRádio Globo do Rio, disse que em 2018 o orçamento para a base foi ampliado e a nova estratégia de integração de todas as categorias já está definida e estará em fase de efetivação ao longo desta atual temporada.O atual técnico e futuro diretor de futebol Paulo César Carpegiani deve comandar este projeto.

Embora seja defensor que a base não existe para ganhar títulos, este quarto título do Flamengo na Copinha, além de valorizar ainda mais a vitrine da Gávea, foi muito bom ver os garotos ensinando os profissionais sobre o que é vestir o Manto Sagrado onde a raça, o amor e a paixão são atributos de base ensinado pela Base, já que ultimamente nos profissionais, os milionários jogadores que não são nativos (ou seja não foram criados na Gávea), não tem essa mística e por isto, este sentimento anda escasso por lá.

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