Na semana que se comemora a independência do Brasil, é bom pensar como anda a independência dos clubes de futebol no Brasil.
No âmbito das quatro linhas é claro a dependência que alguns clubes mantêm de alguns jogadores. Caso do Alex no Curitiba. Bastou o Alex ficar fora de alguns jogos por contusão, o time despencou na tabela e retomou ontem contra o São Paulo com dois gols exatamente dele.
Essa dependência também ocorre com Elias no Flamengo, com Valter no Goiás, Juninho no Vasco e assim vai.
Até hoje o Santos sofre a falta de Neymar e o São Paulo a de Lucas.
Uma pergunta para mim fica no ar: até quanto o Botafogo depende de Seedorf¿
Analisando fora das quatro linhas, os clubes mantém uma dependência financeira das emissoras de televisão.
A miopia de marketing da maioria dos clubes brasileiros não possibilita explorar adequadamente todo o potencial de imagem. Quando Somado a incompetência administrativa e falta de um controle fiscal, os clubes utilizam receitas futuras que são antecipações da televisão e assim sobrevivem postergando o temido colapso financeiro.
A TV que de boba não tem nada, aproveita estrategicamente desta dependência crônica.
Para maior independência do futebol brasileiro, será necessário tomar medidas como na UEFA que criou o “Fair Play Financeiro”. São medidas práticas para manter os custos do futebol em um patamar sustentável. Na Europa, os clubes não podem gastar além de um limite de suas receitas. Se isto fosse feito no Brasil, os únicos que escapariam atualmente seriam Corinthians, São Paulo e Atlético-PR.
Na verdade, o grito do Ipiranga nunca foi tão atual para os clubes brasileiros: “independência ou morte”.
Pelo menos essa é a minha opinião!
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM