O Flamengo tem sido referência na gestão de grandes clubes em função de toda engenharia econômica e financeira criada pela atual gestão onde aumentou significativamente as receitas, renegociou as dívidas e em três anos conseguiu manter um rígido controle fiscal e para isto precisou segurar a paixão dos torcedores com elencos de menor expressão e uma folha de pagamentos em níveis abaixo do que o clube estava acostumado.
Com isto, no ano passado iniciou um processo que a nação rubro negra tanto esperava durante esses anos. Uma qualificação no elenco para deixar de ficar brigando em baixo da tabela para começar a brigar na parte de cima.
Como faz parte da cultura da imensa massa rubro negra, a torcida se encheu de expectativa com o novo elenco. Grandes Investimentos e uma alta significativa na folha de pagamentos.
Se compararmos a folha de pagamento (elenco) do ano passado em que o Flamengo terminou o Brasileirão em terceiro lugar (brigou até o final com o Santos pelo vice campeonato), e agora está em sétimo lugar, correndo um sério risco de não se classificar para a Libertadores de 2018. Isto demonstra que o Flamengo está com baixíssima produtividade. Quero lembrar que a produtividade é medida pela relação entre o resultado obtido pelas despesas necessárias para obter esse mesmo resultado.
Olha que loucura: se o Flamengo não tivesse investido no futebol e tivesse em 7º lugar, estaria com uma produtividade muito melhor. Mas como a questão não é financeira e sim operacional, pois o time não está rendendo em campo, os responsáveis pelo futebol do Flamengo precisam urgentemente identificar as causas e já planejar as mudanças para o ano de 2018. Isto confirma o que ensinamos na faculdade e a atual diretoria do Flamengo tem que se atentar: “não adianta sanear o caixa e não ser competitivo”, pois isto não resulta em sustentabilidade.
Pelo menos essa é a minha opinião!
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM