O efeito globalização vem alterando mercados e comportamentos no planeta. Com o rompimento das fronteiras que separam os mercados, somado a uma forte colaboração do efeito das tecnologias, atualmente qualquer empresa sofre a influência de concorrentes de qualquer parte do mundo, ao mesmo tempo que toda empresa pode fazer negócio em qualquer parte do mundo.
Trazendo esta realidade para o futebol, o Brasil sempre foi um dos maiores exportadores de jogadores, espalhando-os por todos os cantos do planeta. Nos últimos anos, algo até então incomum começou a acontecer: houve uma invasão de jogadores estrangeiros no Brasil, principalmente de países Sul americanos. Quanto ao mercado de técnicos de futebol, os técnicos brasileiros sempre tiveram pouco espaço no mercado exterior, concentrando mais no mercado Asiático em função dos Petrodólares Árabes, mas pouquíssimos chegaram aos mercados mais promissores como a Europa. Porém quando se fala de importação de técnicos, este intercambio ainda fica mais vazio, pois tivemos poucas tentativas, sendo a maioria sem sucesso em função da adaptação ao imediatismo de nosso futebol.
Mas, bastou o Flamengo anunciar a contratação do técnico Colombiano Reinaldo Rueda, vários técnicos brasileiros se manifestaram de imediato, criticando a utilização do espaço pelo estrangeiro, e exigindo providencias pela CBF. Inclusive hoje haverá uma reunião de vários técnicos com a CBF.
Embora estou convicto que os técnicos de futebol realmente necessitam de melhores condições e um melhor ambiente para desenvolver seus trabalhos, ficou claro que os técnicos estão buscando uma reserva de mercado, algo que na atualidade significa incompetência e um retrocesso. Assim somos levados a acreditar que não é somente de táticas e estratégias de campo que os técnicos brasileiros estão desatualizados.
Pelo menos essa é a minha opinião!
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM