Às vésperas de Natal, quando se comemora no mundo todo o nascimento de Jesus, o Pe. Mauro Ricardo, Reitor do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, relembra essa bonita história. Jesus nasceu de Maria e também José, que aceita com sua esposa o mistério de Deus em sua vida.
700 anos antes do nascimento de Jesus, Isaías já fazia o anúncio da chegada de Deus, “Deus virá para armar a sua tenda no meio do povo”, cita o Pe. Mauro. O menino nasceu então em Belém devido a um recenseamento que estava acontecendo na época e assim Deus visita a seu povo, cumprindo a profecia.
Hoje é difícil se chegar à conclusão se foi mesmo nesse 25 de dezembro que Jesus nasceu, mas a festa do nascimento já era celebrada no século II, oficialmente pela Igreja no século IV, baseada no calendário do hemisfério norte, no contexto de Império Romano e em meio há vários cultos pagãos. Naquela época o cristianismo ainda estava em expansão e no dia 25 de dezembro já era comemorada a festa de cunho pagão do Solstício de Inverno, uma comemoração ao nascimento do deus Sol que foi cristianizada, mostrando que o sol da justiça é Jesus.
Já se passaram mais de 2 mil anos desde esse evento e hoje o espírito do Natal representa antes de mais nada humildade, “Mesmo ele sendo Deus, ele se faz homem”, comenta Pe. Mauro. Depois da humildade, a solidariedade vem para definir o Natal, uma vez que Deus faz isso por seu povo, não por Ele, mas para que a salvação chegue ao meio do seu povo. Por fim, para formar o tripé que representa o Natal, basta lembrar que essa é a festa da esperança.
Desde a festa do Solstício de Inverno, já se via um caráter de confraternização nas comemorações, o que foi passado adiante através dos anos. O comércio viu então uma grande oportunidade e as ofertas começaram a aparecer, muitas vezes ofuscando o verdadeiro espírito da festa, abafando a humildade, solidariedade e esperança que definem o verdadeiro Natal.
Para os cristãos, o Pe. Mauro deixa os pontos de reflexão para esse momento: Primeiramente, Deus está sempre conosco e a cada ano Ele renova a sua promessa e esse acontecimento, portanto nós não estamos sozinhos e, além disso, é preciso abrir os nossos corações porque Ele mostra um caminho de paz e perdão para que seu povo siga. A Igreja recomenda para essa época a glorificação a Deus em primeiro lugar e, em segundo, o anúncio da boa nova.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM