Investigações da Polícia Federal identificaram e-mails trocados entre funcionários da Vale e da consultoria que prestava serviços à mineradora, apontando que a equipe da empresa brasileira estava ciente de que os sensores da barragem de Brumadinho (MG) apresentavam falhas. As mensagens foram trocadas dois dias antes da estrutura do Córrego do Feijão se romper e devastar a cidade mineira.
Os e-mails são parte da contribuição da Vale para as investigações. Os engenheiros da empresa Tüv Süd, André Jum Yassuda e Makoto Namba, que estavam presos temporariamente para prestarem esclarecimentos à PF, foram liberados nesta terça por determinação do Supeior Tribunal de Justiça (STJ).
O desastre causou a morte de 150 pessoas, outras 182 seguem desaparecidas.
Nesta quarta (6), o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) autorizou o repasse de mais de R$ 13 milhões da Vale para o estado mineiro. O objetivo é o ressarcimento com os serviços emergenciais prestados às vítimas. A quantia poderá ser retirada do montante de R$ 1 bilhão que foi bloqueado pela justiça após o rompimento da barragem.
A Vale também deverá manter a atuação nas outras cidades que sofreram consequências com o desastre. O acordo foi feito em uma audiência.
Fonte: Agência do Rádio