A Polícia Militar de Minas Gerais confirmou o cumprimento do mandado de prisão contra a presidente da Câmara Municipal de Maria da Fé, vereadora Ana Paula Torres, na tarde de quarta-feira. A ordem judicial foi expedida pelo juízo de garantias de Carmo de Minas, a partir de solicitação do Ministério Público da comarca de Cristina. O processo tramita em segredo de Justiça.
De acordo com Major Glauber Saraiva, responsável pelo comando do 56º Batalhão de Polícia Militar, a corporação foi informada oficialmente sobre o mandado no período da tarde. Para preservar o sigilo e evitar “alardes desnecessários”, conforme explicou, uma equipe especializada foi acionada e deslocada de imediato para realizar a prisão.
O cumprimento ocorreu sem resistência e seguiu todos os protocolos legais: cientificação do mandado, encaminhamento da vereadora a uma unidade de saúde para exame de corpo de delito e posterior apresentação à Polícia Civil. Após os procedimentos formais, Ana Paula Torres foi levada à Delegacia Regional de Itajubá e, em seguida, transferida para o Presídio Feminino de Santa Rita, onde permanece recolhida.
As circunstâncias e motivações da prisão não foram divulgadas, uma vez que o processo corre em sigilo. O Major Saraiva ressaltou que especulações em redes sociais e grupos de mensagens não podem ser consideradas informações oficiais. Ele destacou ainda que a ordem judicial teria relação com possíveis tentativas de obstrução de justiça ou fraude processual, conforme determinações ligadas ao juízo de garantias — instância responsável por evitar interferências no curso das investigações.
Segundo o oficial, a prisão foi realizada tão logo a Polícia Militar teve ciência do mandado por meio do Banco Nacional de Mandados de Prisão, evitando vazamentos que pudessem comprometer a ação.
Ao comentar sobre a possibilidade de soltura, o Major reconheceu que a defesa da vereadora pode ingressar com habeas corpus, instrumento legal que pode resultar na revogação da prisão.
O comandante reforçou que a Polícia Militar atua de forma imparcial, independentemente do cargo, posição política ou condição econômica de qualquer pessoa. “Somos instituições de Estado, não de governo. Agimos com base na lei, para qualquer cidadão”, afirmou.
Ele destacou que o cumprimento do mandado demonstra que todos estão sujeitos à legislação. “A lei está aí para ser reconhecida por todos”, disse.
Por Redação, com informações do Major Glauber Saraiva