As práticas colaborativas do direito implicam em um método de gestão de controvérsias no qual os advogados atuam de maneira mais colaborativa. Essa nova metodologia é comumente aplicada em casos de divórcio como um caminho para evitar conflitos e costurar acordos que sejam bons para ambas as partes.
A advogada Dr. Natália Winter explica que na prática tradicional da advocacia os profissionais são estimulados a se tratarem como adversários, um contra o outro, e já na prática colaborativa, os advogados de ambas as partes atuam juntos para procurar o caminho mais saudável de resolver as situações, evitando conflitos e, muitas vezes, evitando também que o caso precise ser avaliado por um juiz em um tribunal.
Nos casos em que os advogados optam pela prática colaborativa ambos assinam um acordo que garante que, se o divórcio não conseguir acontecer de maneira respeitosa e sem conflitos, ambos abandonam o caso.
Para a prática da colaboração se faz necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar com profissionais como psicólogos, especialistas em finanças e especialistas infanto-juvenis.
A psicóloga Cristiana Miller destaca que o trabalho em conjunto é importante pois o divórcio está diretamente ligado com o emocional dos envolvidos uma vez que o divórcio legal e o divórcio emocional acontecem em momentos distintos.
A nova metodologia teve início nos Estados Unidos e no Brasil já são cerca de 600 advogados capacitados para a aplicação das práticas.
Fonte: Conexão Itajubá / Rádio Panorama FM