Com a aprovação do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff e então a nomeação de uma nova equipe e ministros para a gestão do presidente interino Michel Temer, a dúvida que fica agora é como fica a situação econômica do país, uma vez que a turbulência política tem uma leve tranquilizada. Segundo o economista e diretor da Quanta Consultoria, Hector Gustavo Arango, o primeiro objetivo do Governo será estabilizar as contas públicas.
Essa não é uma questão de opção, mas uma necessidade imperiosa. Simplesmente não tem como o Governo manter a trajetória de déficit que vinha experimentando nos últimos meses, então as primeiras medidas devem vir na intenção de tentar equilibrar as contas com cortes de gastos e não se descarta uma eventual volta da CPMF e mudanças na previdência.
As medidas serão dolorosas e no seu discurso Temer já deixou claro que precisará do apoio de toda sociedade. Ele também disse que a saída está nas mãos do setor empresarial e dos trabalhadores, mas isso não significa que o Brasil irá entrar em uma “primavera”, como comenta Arango. O país precisará primeiro entrar em um inverno para que depois dos ajustes necessários ele volte a ter uma condição de crescimento melhor.
O incentivo ao setor privado deve vir do setor de exportação, uma vez que recuperar a demanda interna levará um tempo.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM