O presidente do Comitê de Bacias Hidrográficas do Sapucaí, Celem Mohallem, esteve na principal nascente do Rio Sapucaí, em Campos do Jordão, e constatou que, mesmo com a chuva dos últimos três dias e estando em uma área preservada, ela está seca. As demais nascentes que compõe o córrego Serraria também estão com um volume extremamente baixo. A situação é preocupante e levanta um alerta sobre o futuro do Rio Sapucaí e a perspectiva não é outra senão a de que a população terá que viver com menos água.
O Brasil paga o preço por não ter tomado ações preventivas quando a situação ainda permitia e o resultado é o que se vê principalmente em São Paulo, com projeção de cinco dias sem água e dois com água. Em Minas 95% das outorgas para água subterrânea são clandestinas, o que preocupa pois é uma solução temporária e não há recarga.
Não há previsão de melhora das chuvas, então resta à população se preparar e economizar no consumo para garantir que a fonte não esgote. As chuvas dos últimos dias não foram suficientes para reabastecer os poços subterrâneos. Para se ter uma ideia, a média histórica para Itajubá nesse período é de 280 a 300 milímetros, nas medições atuais foram registrados 90 a 100 milímetros, dependendo da região.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM