1. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA:“Todo ser humano é criado à imagem de Deus e redimido por Jesus Cristo; portanto, é de um valor incalculável e digno de respeito como membro da família humana”.
– Não é o que a pessoa faz ou deixa de fazer que lhe dá direito ao respeito. O que estabelece a dignidade é o fato de ser criatura humana. Violar sua dignidade seria contrariar a vontade de Deus. São Vicente e Ozanam compreenderam que o individualismo não tem lugar no pensamento social católico.
2. RESPEITO PELA VIDA HUMANA:“Toda pessoa, desde o momento de sua concepção até a sua morte natural, possui uma inerente dignidade e o direito à vida, que decorre inevitavelmente da dita dignidade”.
– A vida é ameaçada a todo instante na falta: de habitação, de assistência médico-hospitalar, de escolas, de empregos; além da criminalidade, racismo, aborto, drogas, poluição, violência, fome etc. Disse Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida em abundância”. Enquanto faltar partilha dos bens e da vida no mundo, continuará existindo o desequilíbrio sócio-econômico entre os povos. Enquanto isso, como disse São Vicente, os pobres devem ser nossos mestres e suas vidas são muito preciosas!
3. ASSOCIAÇÃO:“Nossa tradição afirma que a pessoa humana não é sagrada isoladamente, mas também socialmente. A maneira como organizamos nossa sociedade afeta diretamente a dignidade humana e a capacidade dos indivíduos de se desenvolverem na comunidade”.
– Uma sociedade justa só pode acontecer com respeito pela dignidade da pessoa humana, visando sempre o bem comum. É necessário, portanto, que todos os programas sociais, científicos, culturais, sejam orientados para o bem estar de cada criatura humana. Trabalhar em paz com as pessoas e servi-las com amor devem ser colocados em primeiro lugar.
4. PARTICIPAÇÃO:“Nós cremos que a pessoa tem o direito e o dever de participar na sociedade, buscando juntos o bem comum e o bem-estar de todos, especialmente dos pobres e mais vulneráveis”.
– Este princípio aplica-se especialmente às condições relativas ao trabalho, pois o povo precisa atuar nas decisões que envolvem seus interesses de ganhar a vida honestamente. Jesus sempre defendeu a vida em plenitude dos pobres.
5. PREFERÊNCIA PELOS POBRES E VULNERÁVEIS:“A narrativa do juízo final tem um importante papel na tradição da fé católica. Desde os primeiros dias, a Igreja ensinou que seremos julgados pelo que escolhemos fazer ou não fazer ao faminto, ao sedento, ao enfermo, ao desabrigado, ao encarcerado…”
– Jesus fez e faz opção pelos pobres! Ele nasceu pobre, viveu como pobre, conviveu com eles, escolheu apóstolos pobres, e morreu despojado de tudo e abandonado por todos. Até a opção da escolha de uma criatura para ser a Mãe de Deus recaiu sobre Maria – uma jovem pobre e humilde. A pobreza é um mal que marginaliza as pessoas que precisam de libertação. A Igreja nos conclama para isso!
6. SOLIDARIEDADE:“O ensinamento social católico afirma que todos somos guardiões de nossos irmãos e irmãs, onde quer que vivam. Aprender a praticar a virtude da solidariedade significa aprender a amar o nosso próximo num mundo interdependente e que tem suas dimensões globais”.
– Não devemos nos comprometer somente com obras de caridade, mas trabalhar pela justiça social.
7. ADMINISTRAÇÃO:“As responsabilidades pela administração referem-se também ao uso pessoal dos nossos talentos, ao cuidado de nossa saúde e ao uso de nossos pertences”.
– Na oração do dia-a-dia e nas diversas atividades que realizamos, cada pessoa deve aplicar os dons gratuitos que recebeu para satisfazer a vontade de Deus. O mundo que queremos passa pelo amor ao próximo e transcende para um espírito ecológico – cuidando do meio ambiente.
8. SUBSIDIARIEDADE:“Este princípio significa ‘ajuda’. São as responsabilidades e limites do governo, e dos papéis essenciais das associações de voluntariado”.
– O governo se mostra impotente frente a problemas sociais: desemprego, moradores de rua, pedintes, dependentes químicos… Como são aplicados os impostos que pagamos? Se concordamos que é preciso harmonizar esforços para contemplar o bem comum, o que fazemos para isso?
9. IGUALDADE HUMANA:“Enquanto que as diferenças de talentos são parte do plano de Deus, a discriminação social e cultural nos direitos fundamentais não são compatíveis com o desígnio do Criador”.
– Acentuar a noção de igualdade é praticar a justiça com espírito de fraternidade. Deus não faz distinção entre as pessoas, pois todas foram criadas à Sua imagem e semelhança.
10. BEM COMUM:“É o conjunto de condições que permite às pessoas alcançarem o pleno desenvolvimento de suas capacidades e chegar à realização de sua dignidade”.
– Paz e segurança não devem ficar em segundo plano. Bem comum significa, sobretudo, o ‘bem de todos’.