O professor de Economia de Sustentabilidade da Universidade Sorbonne, na França, Leo Dayan, visitou a INCIT (Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de Itajubá) nesta segunda feira, 26 de julho. Dayan, que também é diretor científico do laboratório internacional – APREIS, veio a Itajubá a convite do Grupo Amigos do Meio Ambiente (GAMA), que trabalha com responsabilidade sócio-ambiental corporativa.
O encontro proporcionou uma troca de experiências e possíveis contatos das empresas incubadas com a universidade francesa. O professor conversou com a gerente da INCIT, Geanete Dias Morais Batista, e visitou as empresas Keeplay, Sonne Energy, Minas Bioenergia, Gaia Terranova e a Medinovação. Ele acredita que é necessária a preocupação com o meio ambiente no mundo corporativo.
A grande vantagem da incubadora está na sua união, no fato das empresas se conhecerem e trabalharem também em parcerias, disse, durante o encontro com a gerente da INCIT.
Para Leo Dayan, as tecnologias exigem esse tipo de ligação entre as empresas – e as questões ambientais ficam facilitadas se há um trabalho conjunto. Isso porque o professor acredita na chamada Economia de Coligação, na qual, trabalhando juntos, o meio ambiente pode ser preservado. Seus exemplos falam principalmente do aproveitamento de resíduos: os resíduos de uma empresa podem servir para outra e, desse modo, evitar e prevenir os problemas ambientais.
O presidente do GAMA, Gustavo Santana de Sá, afirmou que as empresas incubadas estão entrando no caminho do desenvolvimento industrial, e é importante que isso seja feito com sustentabilidade. O empresário precisa pensar nesse conceito e criar um dinamismo, porque mesmo sem produzir, ele pode trabalhar para outro que faça esse serviço, o que também exige aplicações diferenciadas em relação ao meio ambiente, esclareceu Gustavo.
Em relação ao Brasil e suas empresas, de modo geral, o professor é sincero: Há muita discussão, muita comunicação, mas pouca prática na realidade. As mudanças ambientais só existem com mudanças sociais; as decisões ainda partem das elites, do alto, e é necessário que o povo participe, que todos se organizem.
Geanete Dias disse que foi positivo o resultado da visita. Toda parceria é bem-vinda. O professor trouxe conhecimentos e aplicações de fora que podem ser importantes para as empresas incubadas, disse a gerente.
Fonte: Contexto