Pela segunda vez o Museu da Pampulha recebe a contara sulmineira Jucilene Buosi. Entusiasta e representante da cultura do Sul das Minas Gerais, Jucilene Buosi lança seu segundo álbum, “Um retrato”, onde canta seus compositores acompanhada por artistas do primeiro time da música brasileira – revelando a maturidade vocal e artística alcançada pela intérprete. Atriz e cantora, atuou em grupos de teatro experimental, corais cênicos, óperas e espetáculos musicais. Em 2007 apresentou no Museu da Pampulha o monólogo musical “1984, Uma leitura musical”. Releitura da novela de George Orwell escrita em 1948, tem a trilha sonora assinada por Wolf Borges, que também tem a direção artística do novo trabalho.
No novo trabalho, compositores consagrados como Milton Nascimento (na versão vocalizada de Maria, Maria e no resgate da emocionante Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco), Alceu Valença (Na primeira manhã), Joyce (Duas ou três coisas) e Fátima Guedes (Fraqueza) se misturam a novos talentos da composição regional sulmineira, telentos que, diga-se de passagem, bebem pelas torneiras do mundo e esbanajam criatividade. Assim a intérprete pode revelar seu talento vocal passeando por vários estilos, como no rock progressivo Com os amigos, de Marcos Mesquita ou na opereta Eles procuram um amor, de Omar Fontes e Marcellus Salomon Bezerra. Ainda passeia pelos seus quintais com o “xote mineiro” Amor em vão, de Ravi Kefi (que também é responsável pelos arranjos e pianos do álbum) e no “forró mineiro” Balango, de Raimundo Andrade. A balada sulmineira se faz presente no quase blues Eu sei, do parceiro Wolf Borges. Ainda tem sua porção bossa nova na divertida e irreverente Verão, de Dinho Caninana.
O show está em turnê pelo Brasil e a cantora vem acompanhada pela Banda Rolleiflex formada pela pianista, compositora e arranjadora Eloá Gonçalves; o percussionista Marco Lobo, que também participou da gravação do CD Um Retrato e é um dos mais requisitados do Brasil, acompanhando artistas como Milton Nascimento e Billy Cobham, e ainda Lara Ziggiatti, primeiro violoncello da Orquestra Sinfônica de Campinas que dá um show de performance popular. O show retrata com perfeição a sonoridade do CD que já recebeu elogios dos maiores músicos e críticos musicais do Brasil
Um show acústico, delicado e expressivo celebrando a beleza da performance vocal, cênica e instrumental.
Fonte: Musicawolf