Recentemente, o Dr. Kleber Lincoln Gomes, presidente da Associação de Integração Social de Itajubá (AISI) e da Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIt), foi convocado pelo Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para uma reunião em Brasília para o anuncio de um projeto com a presença da presidente Dilma e do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A reunião tratou de dois projetos: Mais Médicos para o Brasil e Mais Saúde pra Você.
Com o primeiro projeto, o Governo Federal pretende ampliar a formação dos médicos, abrindo mais escolas médicas naquelas regiões mais deficitárias e aumentando o numero de vagas nas faculdades federais. O objetivo é, daqui alguns anos, um contingente médico suficiente para o país todo.
O segundo projeto, Mais Saúde pra Você, o objetivo é aumentar o número de atendimentos do SUS, favorecendo as faculdades e os hospitais de maneira ampla no país todo. Como esse é um processo demorado, junto dele também foi lançado um projeto para captação de médicos para o interior.
O Dr. Kleber explica que no inicio de agosto serão lançadas as localidades que precisam de mais médicos e será lançada uma portaria solicitando que médicos brasileiros aceitem fazer o atendimento nessas localidades. O salário para esses médicos será de R$ 10.000,00 livres de impostos, mais subsídios de alimentação e moradia. Qualquer médico brasileiro pode se inscrever nesse projeto e não haverá processo seletivo. O serviço prestado será de saúde básica.
Como já foi dito, esse é um projeto a longo prazo e a expectativa de término fica em 2027. O motivo disso é que não se pode lançar um projeto para os alunos que já estão cursando as escolas médicas, o projeto só começa a valer para os alunos que entrarem em 2015. Esses alunos, ao terminarem os seus seis anos de medicina, deverão prestar dois anos para o SUS.
Já como profissionais, esses acadêmicos receberão do Governo uma condição provisória (não é possível exercer a medicina sem estar relacionado a um Conselho Regional) com duração de dois anos para fazer esse trabalho, sendo o primeiro ano na medicina básica e o segundo ano na medicina de urgência e emergência. Nesses dois anos os acadêmicos receberão uma bolsa do Governo, além de uma assessoria das universidades federais ou de médicos que se disponham a isso. Os médicos que desejarem, deverão se inscrever para ser um tutor. Isso será feito por uma portaria e a assessoria poderá ser a distancia ou presencial, comenta.
Em princípio nada muda para as faculdades, no entanto, deve haver uma mudança nos currículos proposta pelo MEC para favorecer a formação das clínicas básicas que são: pediatria, ginecologia obstetrícia, cirurgia geral e clínica médica, além de urgência e emergência.
As localidades onde os serviços serão prestados serão definidas pelo Governo, se haverá escolho ou como será esta escolha, isso ainda não está definido.
Qualquer médico formado no Brasil pode se inscrever no Mais Médicos para o Brasil e terá prioridade no preenchimento das vagas. As vagas que não forem preenchidas serão abertas para os médicos estrangeiros, principalmente de Portugal e Espanha. Na opinião do Dr. Kleber, esse é um excelente projeto que vai melhorar a condição de formação do médico, a condição de saúde para a comunidade, além do investimento no aumento de vagas de residência.
A expectativa é de que as entidades médicas sejam contrárias ao projeto.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM