Mas em países ditos em desenvolvimento, ela é quase endêmica. Criminosa, ela retira verbas preciosas para a saúde e a educação, especialmente. São esses os setores públicos que não interessa a corruptores e corruptos, que tenham recurso suficiente.
Um povo ignorante e doente se manipula com muito mais facilidade.
O roubo de recursos é grave. Mas ainda mais grave é a impunidade que a quadrilha de criminosos encontra pela parte de juízes, e que produz no cidadão comum a sensação de que não adianta denunciar nem exigir reparação.
Lentamente esse sentimento vai se agarrando ao interior das pessoas e emporcalhando os julgamentos morais, num nível crescente de cinismo que dá suporte ao “rouba mas faz”, “todo mundo faz e eu também vou fazer” e outras tantas pérolas.
Aos poucos todo um povo abre mão de valores éticos fundamentais ao estado de humanos que somos e se abre caminho para a criminalidade desenfreada, para guerras civis (como estamos vendo no Rio de Janeiro), para um mergulho cada vez mais fundo na miséria moral.
No Brasil, como país de terceiro mundo que ainda somos, o roubo de bens públicos sempre foi conhecido e tolerado.
Entretanto, algo de muito bom acontece hoje: um Magistrado sério une todo o país em torno da exigência por seriedade, por punição para os caciques políticos até agora inatingíveis.
Nunca se viu tamanho brado de “basta à corrupção”, nunca se viu como hoje todo um povo, de norte a sul, clamar por justiça e pedir que se castiguem os corruptos de qualquer partido ou origem.
Todos nós, brasileiros de bem, rezamos silenciosamente para que nada aconteça aos Juízes que honram a sua profissão.
Quem sabe um dia possamos, enfim, nos orgulhar do nosso país, reconquistando o respeito que o nosso povo merece…