O conceito de reencarnação é bastante polêmico, especialmente no Ocidente e entre os seguidores das três religiões abraâmicas, derivadas do mesmo tronco: o cristianismo, o islamismo e o judaísmo.
Já para os espíritas, o conceito de reencarnação é central, e em volta dele se estruturam todos os seus dogmas.
Entre as religiões orientais, como no hinduísmo e no budismo, o conceito é algo natural, aceito sem questionamento. Talvez isso explique o número de casos estudados por pesquisadores (Ian Stevnson é o mais conhecido deles), muito maior do que no Ocidente.
Mas até no Brasil sabe-se de pessoas que contam com detalhes, histórias que são posteriormente comprovadas, de uma ou mais vidas que viveram no passado.
Geralmente as memórias ocorrem em crianças de 2 a 5 anos e desaparecem após essa idade. Mas quando ocorrem, as lembranças são muito vívidas, cheias de detalhes e se confirmam ponto por ponto.
Às vezes a criança pequena passa a falar perfeitamente outro idioma, na maior parte das vezes sem esquecer a língua natal.
Quando as crianças com memórias vívidas são levadas ao local em que supostamente viveram uma outra vida, conhecem pelo nome (às vezes sabem até mesmo os apelidos) os parentes, conversam com detalhes sobre fatos acontecidos na época, assombrando quem as ouve.
A ciência mais ortodoxa não pode validar esses fatos, mas ao mesmo tempo não tem como negá-los. Pesquisadores respeitados emprestam a sua credibilidade aos conceitos de reencarnação muitas vezes, e fazem muito pela diminuição do preconceito. A física quântica, ao que dizem os cientistas, vem trazendo conceitos e ferramentas que seguramente darão respaldo científico à ideia da reencarnação, que de toda forma é milenar.
Há tantos mistérios a serem desvendados no mundo, quando nos deixamos sair do território estreito e árido da razão…
Graça Mota Figueiredo: Professora Adjunta de Tanatologia e Cuidados Paliativos da Faculdade de Medicina de Itajubá – MG