Na obra ‘Preparação para a morte’, Santo Afonso Maria de Ligório diz o seguinte: “Pela maneira como o condenado cair no inferno no último dia, dessa maneira viverá ali constrangidamente, sem nunca mudar de situação e sem nunca poder mexer pés nem mãos, enquanto Deus for Deus.” E são informações desta natureza que motivam muita gente a procurar refúgio em tudo o que é sagrado para se livrar de tamanho sofrimento.
Por exemplo, é impressionante como a música católica ‘Cantando as doze promessas’ agrada a todos que a escutam, sem exceção. Cada vez que eu e minha filha a cantamos na missa, vêm pessoas pedindo a letra ou querendo as cifras da melodia. A maravilhosa composição – inspirada nas promessas de Jesus ao aparecer a Santa Margarida Maria (França, 1647-1690) – nos ajuda a propagar a devoção ao Sagrado Coração e a ter certeza de que receberemos as graças necessárias para cumprir fielmente a nossa missão: de pai, de mãe, de filho, de padre, de religiosa, de agente pastoral etc.
Costumo dizer que para herdarmos o céu ou o inferno é só uma questão de opção, mas para não nos arriscarmos tanto ir conhecer a casa do demônio – lugar de tormentos às almas que morrem na inimizade de Deus (Lc,16-28) –, rezemos assim ao Sagrado Coração de Jesus:
‘Senhor, eis-me aqui, remido por Teu precioso Sangue. Deixa-me entrar mais e mais dentro desse Coração misericordioso. Deixa-me perceber os Teus sentimentos, o Teu grande amor ao Pai e à humanidade. Que, do Teu Coração aberto, possa emanar o poder da Divindade que, atingindo o meu coração, renove-o totalmente à semelhança do Teu Coração! Amém!’
E quando falamos dessa devoção maravilhosa, logo lembramos do fundador da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração, Padre Júlio Chevalier. A espiritualidade do Coração de Jesus permitiu a ele olhar Cristo nos Evangelhos com as virtudes do coração: constância, generosidade e, sobretudo, a necessidade de manifestar a bondade de Deus. E com seu temperamento forte e sua capacidade de trabalho, Chevalier se entregou por completo ao lema: “Amado seja por toda parte o Sagrado Coração de Jesus!”
Hoje, a devoção a Nossa Senhora do Sagrado Coração ocupa um lugar de destaque nas obras dos Missionários porque o amor que Cristo revelou a ela brotou da paixão pela salvação de todos nós. Portanto, quem procura refúgio eterno no Coração de Jesus, deve entregar-se nos braços da Virgem Maria.
Assim, sempre farei minhas as palavras do Pe. Joãozinho: “Conheço um Coração tão manso, humilde e sereno, que louva ao Pai por revelar Seu nome aos pequenos, que tem o dom de amar e sabe perdoar e deu a vida para nos salvar…”
Paulo R. Labegalini: Cursilhista e Ovisista. Vicentino em Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG).
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