A Rede Elétrica Piquete-Itajubá (REPI) teve sua construção iniciada em 1924, terminado em 8 de dezembro de 1932. Ela foi construída para abastecer as fábricas de armas de Itajubá, MG e de pólvora de Piquete, SP, além do 4º BECmb. A pequena central hidrelétrica (3,34 MW) está em plena operação há mais de 80 anos. Tamanha foi a importância e o trabalho do então Capitão Sílvio Lisboa da Cunha que, afirma o Coronel Marcelo Bortoloti, se não se chamasse Wenceslau Braz, aquela cidade seria Lisboa da Cunha.
Atualmente a REPI atende a demanda de energia da IMBEL em Itajubá e é considerada uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) cadastrada na ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Desde o ano passado a PCH REPI conta com uma nova gestão que tem a incumbência de reestruturar todas as instalações da REPI de maneira que além de transportar energia para a fábrica de Itajubá, ela também possa comercializar o seu excedente.
A REPI possui entre outros atributos que a transformam em patrimônio histórico um cinema de 1945 que também vai ser resgatado. Na semana retrasada foi inaugurado o salão de festas da REPI completando o contexto de 80 anos da pequena central.
Pensando no futuro, muitas parcerias estão sendo firmadas para a independência da PCH REPI e já existe um novo projeto em parceria com a UNIFEI para talvez formar um novo PAEDA (Parque de Alternativas Energéticas para o Desenvolvimento Auto-sustentável) naquela rede. Juntamente com o SENAI também existe uma proposta de projeto para iniciar alguns trabalhos de cursos profissionalizantes para atender as cidades circunvizinhas.
O potencial enérgico da REPI fica em torno de 6 MW e para atingir essa produção, os equipamentos serão modernizados. O objetivo é continuar o fornecimento de energia para a fábrica de Itajubá, restabelecer a linha que liga Wenceslau Braz a Piquete e vender o excedente no mercado. A expectativa é que dentro dos próximos três a quatro meses a primeira receita da REPI já comece a ser feita.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM