Muitas vezes começa entre as idades de 30 e 50 anos, mas existem relatos de rosácea até na infância. Afeta mais mulheres do que homens, porém nos homens tende a ser mais grave. Ela pode surgir em peles de qualquer tipo e tom, mas é mais comum nas peles mais claras.
A causa exata da doença é incerta, mas os estudos apontam para uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Ela é desencadeada por fatores externos, como alimentação (alimentos quentes, bebidas alcoólicas e alimentos condimentados picantes), stress e exposição ao calor ou frio extremos, porque o organismo responde de forma anormal a essas agressões, estimulando a dilatação exagerada dos vasos sanguíneos da face, levando a vermelhidão. O sol, por sua vez, acelera o processo inflamatório da pele, causando danos aos vasinhos, que ficam mais evidentes.
No início, a vermelhidão no rosto vai e volta, mas, depois de se repetir por algum tempo (três anos, em média), tende a se tornar persistente. Com a progressão da doença, surgem ainda lesões avermelhadas e elevadas e pontos amarelos que parecem espinhas. Pode piorar ao longo do tempo, levando a mudanças permanentes na aparência e afetando a autoestima. Por isso, o diagnóstico rápido é indispensável, já que tratamento errado pode não surtir efeito ou até piorar o quadro.
Não há cura conhecida para a rosácea, mas ela é tratável, com excelente controle.
O tratamento se baseia na classificação da Rosácea. Existem cinco subtipos de rosácea, que variam conforme ela se manifesta:
A pele adquire um tom avermelhado, rosado e pequenos vasos (telangectasias) se tornam visíveis, principalmente na região centro facial, próximo as asas nasais. O avermelhamento pode ser agravado por vários fatores, entre eles: o álcool, sol, estresse, exercícios físicos e calor. Quem possui a rosácea pode ter a sensação de estar com a pele pinicando ou queimando. Neste caso, a pele é mais sensível e não se pode utilizar creme abrasivos ou ácidos. Pode ser tratada com medicações locais com ação vasoconstrictora e anti-inflamatória, e alguns lasers para vasos podem ser usados.
Nesse tipo de rosácea, soma-se ao tom avermelhado o aparecimento de bolinhas vermelhas ou com pús, em surtos, como se fossem espinhas. Nesse tipo, a rosácea lembra a acne – tanto que por muito tempo foi chamada de acne rosácea. Esse tipo é mais comum em homens, com períodos de piora e melhora, alternados. O tratamento também tem ação anti-inflamatória e pode ser tópica ou via oral.
Esse é o tipo menos frequente de rosácea. Seria um estagio final da doença. A pele torna-se espessada, endurecida e avermelhada, com poros dilatados. A rosácea fimatosa é caracterizada pelo aumento e infiltração de áreas como as glândulas sebáceas do nariz e é comum em homens com mais de 50- 60 anos. Com o tempo, o nariz pode até dobrar de tamanho. O queixo também pode ser comprometido. Além dos tratamentos já citados anteriormente, em algunscasos, há intervenção cirúrgica para reduzir o volume de pele.
Como o nome diz, a rosácea ocular atinge a região dos olhos. O indicativo da doença é uma inflamação com avermelhamento e descamação na área dos cílios, sensação de ardência ocular. Este tipo é o mais grave, e se não tratado pode evoluir e interferir na visão do paciente. Os medicamentos devem ser indicados por um oftalmologista e a área deve ser bem higienizada.
Existe outro subtipo mais raro da rosácea, chamado granulomatosa. Sua característica principal é o aparecimento de pequenos nódulos acastanhados na face. Seu diagnostico é difícil e requer um alto grau de suspeição por parte do dermatologista. Seu tratamento também é um desafio.
O mais importante é proteger a pele do sol diariamente. Prefira filtros solares com cor de base, que ainda disfarçam a vermelhidão. Em geral, a pele que sofre com a rosácea fica mais sensível, por isso, tanto a rotina de limpeza quanto a de hidratação devem ser feitas com cuidado – nada de esfregar com esponjas, algodão ou lencinhos – e requerem produtos mais suaves. Evite os que têm componentes com alto potencial irritante (como álcool), adstringentes, ácidos e esfoliantes. Depois da limpeza, recomenda-se aplicar cremes de tratamento, que podem ser industrializados ou manipulados, orientados pelo dermatologista.
A maquiagem é uma grande aliada de quem sofre com a rosácea. Confira alguns truques:
Cuidar da pele é mais que uma necessidade estética, é uma questão de saúde!
Por Dra. Gracieli perches, médica da Clínica Hokage, CRM-MG 63955 www.gracieliperches.com
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