A Organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) denunciou no relatório “Investigações de alto risco: desmatamento e contaminações” as crescentes ameaças e agressões sofridas por jornalistas que investigam casos de destruição ambiental. O documento foi divulgado às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no último sábado (5).
Segundo o portal Ecoagência, a RSF listou agressões em oito países da América Latina, e citou o caso do jornalista brasileiro Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal, que enfrenta vários processos na Justiça por publicar denúncias de destruição ambiental e grilagens de terras na Amazônia.
O documentarista franco-espanhol José Huerta também foi lembrado no relatório. Ele foi processado oito vezes por mostrar os impactos negativos dos empreendimentos turísticos no Ceará.
O relatório da RSF também citou o assassinato dos jornalistas Gustavo Marcelo Rivera e Ramiro Rivera Gómez, da rádio Victoria, em El Salvador, que haviam se posicionado contra as atividades da mineradora canadense Pacific Rim no país. Já a jornalista argentina María Márquez teria sido ameaçada de morte por ter criticado um projeto de mineração da multinacional Yamana Gold.
Outras organizações não-governamentais e movimentos sociais brasileiros denunciaram um “bloqueio midiático” em reportagens que falam sobre devastação ambiental e desrespeito aos direitos humanos.
Fonte: Portal Imprensa