Em vez de ir à reunião, eu levei aquele homem para casa. E ele morreu lá. Morreu de fome. As pessoas no congresso estavam falando como em 15 anos nós teríamos tanta comida, tanto disso e tanto daquilo, e aquele homem morreu. Vocês podem ver a diferença?
Eu nunca olho para as massas como a minha responsabilidade. Eu olho para o indivíduo. Eu só posso amar uma pessoa de cada vez. Eu só posso alimentar uma pessoa de cada vez. Só uma, uma, uma. Você se aproxima de Cristo quando se aproxima das outras pessoas. Como disse Jesus: ‘Tudo o que você fizer para o menor de meus irmãos, você estará fazendo a mim.’
Portanto, você começa e eu começo. Eu ajudo uma pessoa e, talvez, se eu não tivesse ajudado àquela pessoa eu não teria ajudado 42000. Todo o trabalho é apenas uma gota no oceano, mas se você não coloca essa gota, o oceano terá uma gota a menos.
Faça algo por você: faça algo em sua família, algo em sua Igreja. Apenas comece: uma, uma, uma coisa de cada vez. No final da vida, não seremos julgados por quanto dinheiro nós conseguimos fazer, seremos julgados pelo ‘eu estava com fome e você me alimentou, eu estava nu e você me cobriu, eu estava sem casa e você me abrigou.’
Não apenas com fome de pão, mas com fome de amor. Não apenas com necessidade de roupas, mas com necessidade de dignidade e respeito. Não apenas sem teto devido à falta de uma casa de tijolos, mas sem teto devido à rejeição.”
E então, conseguiu imaginar quem nos passou esta bela orientação de salvação? Se eu lhe disser que foi uma madre e que ela já está junto de Deus, fica fácil, não?
Pois é, Madre Teresa de Calcutá nos deixou algumas lições de vida que deveriam ser seguidas por muitos cristãos. Viveu um trabalho incansável realizado junto aos excluídos, sempre no sentido de promovê-los na dignidade humana de sobrevivência e na fé. E, como ela mesma disse, se cada um fizesse um pouquinho disso, o sofrimento no mundo seria bem menor e, com certeza, Jesus Cristo levaria muito mais almas para o céu.
Mas, enquanto muita gente não se importa em ajudar o próximo e prefere continuar gastando só em luxo, a pobreza se alastra e a violência cresce. Parece redundante insistir, porém é importante que todos se lembrem que o próprio Jesus se reveste de pobre e nos convida a socorrê-lo; daí, prestando ou não esse socorro, vem a sábia conclusão de Madre Teresa: é assim que seremos julgados!
Quando eu penso que após a morte ainda existe uma vida eterna, imagino as duas possibilidades acontecendo com as pessoas que deixam este mundo: algumas almas se salvam e ganham o céu, enquanto outras padecem para sempre no inferno! Pare você também pra pensar e procure imaginar o que significa ‘para sempre’.
Permita-me ajudar nesta conclusão e dizer que o infinito não se explica. Após a nossa morte física, nunca mais sairemos do lugar para onde iremos! Portanto, é bom lembrarmos que, nesta vida, Deus age com amor e misericórdia a nosso favor, porém, no juízo final, Deus é Justiça. (Leia: Mateus 7, 6-14)
Eu sei que este tipo de reflexão causa uma certa angústia nas pessoas que não encontraram Jesus Cristo em suas vidas e ainda não experimentaram o Amor de Maria, mas serve para mostrar-lhes como chegar à felicidade eterna: por exemplo, seguindo os rastros deixados por uma humilde e frágil freira de Calcutá.
Paulo R. Labegalini
Vicentino, Ovisista e Cursilhista de Itajubá. Engenheiro civil e professor doutor do Instituto Federal Sul de Minas (Pouso Alegre – MG)