A Santa Casa de Misericórdia de Itajubá conquistou a certificação ONA Nível II, um dos mais importantes reconhecimentos de qualidade na área da saúde no Brasil. A superintendente da instituição, Renata Finamore, detalha que a acreditação, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), atesta que o hospital segue padrões rigorosos de segurança, integração de processos e gestão de qualidade.
Renata explica que a certificação ONA é, na área hospitalar, equivalente às normas ISO utilizadas pela indústria, com milhares de requisitos avaliados presencialmente por auditoras credenciadas. No nível I, o hospital já havia obtido 99,8% de conformidade — índice considerado excepcional. O avanço para o nível II representa um passo ainda mais complexo, voltado à integração entre setores, comunicação segura e protocolos que evitam falhas no atendimento.
Segundo a superintendente, a certificação reforça que cada etapa da jornada do paciente passa a seguir metodologias validadas, checklists de segurança e barreiras que evitam incidentes. “É uma conquista importante, especialmente considerando que apenas cerca de 7,5% dos hospitais privados e filantrópicos do país têm algum tipo de certificado de qualidade. Entre os filantrópicos, este número cai para apenas 2,5%”, afirma.
A Santa Casa se tornou o primeiro hospital acreditado de Itajubá e agora figura entre os poucos de Minas Gerais a alcançar o nível II. O resultado, destaca Renata, decorre de uma mudança profunda de cultura institucional, que envolve desde a alta gestão até o corpo técnico e administrativo. “Qualidade é um caminho sem volta. É preciso sensibilizar as equipes, mostrar a importância dos protocolos e garantir que cada colaborador se sinta parte do processo”, explica.
Essa transformação, afirma ela, também reflete na sustentabilidade financeira. Com processos mais padronizados, gestão de risco e uso racional de recursos — como antibióticos e materiais hospitalares —, o hospital reduziu desperdícios, melhorou indicadores e consolidou estabilidade econômica. A superintendente lembra que, há 15 anos, a instituição enfrentava déficit anual de R$ 9 milhões, situação que foi revertida com planejamento, controle de custos e profissionalização da gestão.
Renata destaca ainda que o grande beneficiado é o paciente. O selo da ONA garante que o atendimento segue protocolos reconhecidos nacionalmente, prioriza a comunicação assertiva entre setores e fortalece a humanização. “Hoje falamos não só de empatia, mas de compaixão. Preparar um hospital de qualidade é pensar que amanhã nós mesmos ou nossos familiares podemos precisar desse cuidado.”
Com a certificação ONA II, a Santa Casa já se prepara para o próximo passo: o nível III. “Com certeza vamos buscar. A qualidade não tem volta”, afirma Renata, reforçando o agradecimento a todos os colaboradores da instituição pelo engajamento e dedicação.
Por Redação , com informações de Renata Finamore