Um rei pagão de Canaã teve um filho a quem chamou de Reprobus, e dedicou-o a Apolo. Reprobus cresceu muito, e se tornou forte e imponente. Assim, entendeu que deveria servir apenas ao indivíduo mais poderoso que existisse na Terra.
Ele percebeu um dia que o rei a quem servia fazia o sinal da cruz sempre que era dito o nome do diabo. Serviu-o, então, até que o viu fugir aterrorizado de uma cruz na beira da estrada.
Reprobus procurou o dono daquela imagem, encontrando então o deus dos cristãos. Querendo servi-lo, procurou um monge que lhe disse que a melhor maneira de servir ao deus seria transportando pessoas de uma margem a outra de um rio largo e caudaloso que já causara a morte de muitos que tentaram atravessá-lo.
Assim ele fez, até que um dia uma criança pediu-lhe para atravessar. Com a criança nos ombros ele iniciou a travessia, que se tornava cada vez mais difícil. A criança pesava cada vez mais sobre os seus ombros, ameaçando afoga-lo. Apesar da dificuldade, Reprobus conseguiu chegar à margem oposta com a sua pesada carga.
Já no chão, a criança lhe disse que era Jesus e premiou-o pela travessia, chamando-o de Cristóvão, “aquele que carrega Cristo”.
Cristóvão morreu martirizado pelo imperador romano Décio durante a época de perseguição aos cristãos.
Tornou-se um dos santos mais populares desde a antiguidade, e seu dia é comemorado em 25 de julho.
Os Cuidados Paliativos (CP) elegeram-no, em meados dos anos 1960, como a figura emblemática das suas práticas. Afinal, os profissionais de saúde são aqueles que conduzem os doentes até a morte, cuidado deles e propiciando-lhes uma passagem suave para o outro lado da vida.
O local construído em Londres pela Dame Cicely Saunders para abrigar doentes e cuidar deles e de suas famílias, tem o nome de St. Christopher´s Hospice.
Se você, leitor, puder visita-lo um dia, não perca tempo: além de local lindíssimo em meio ao verde, é o principal centro de estudos de CP no mundo.