O sarampo é um vírus da famíliaparamyxoviridaede transmissão extremamente fácil. Ele ataca somente homens e primatas, sendo transmitido através de gotículas de saliva contaminada e atingindo preferencialmente as crianças. Até o sexto mês de vida os bebês estão protegidos pelos anticorpos que recebem das mães, mas a partir desse período o sistema imunológico deles começa a funcionar e aqueles anticorpos recebidos são destruídos para serem substituídos pelos da própria criança. A partir de seis meses até cinco anos há um risco maior de contaminação.
Segundo o Professor Gustavo Thomazine, coordenador da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, o vírus possui períodos com maior sobrevivência no meio externo. Quando a temperatura está abaixo dos 30°C o vírus pode sobreviver por mais tempo fora do corpo humano e aí entram os tão importantes atos de higiene para prevenção pessoal. A possibilidade de alguém se contaminar tocando uma superfície onde outra pessoa contamina tossiu é grande e nesses períodos aparecem os chamados surtos da doença.
A prevenção do sarampo é feita em duas vertentes: atos de higiene e a vacinação. Contrariando a crença popular de que é bom para a criança que tenha a doença enquanto criança para que fique imunizada e não a desenvolva adulta, o sarampo ainda é um vírus que tem letalidade. A própria Organização Mundial da Saúde vê o sarampo como uma das principais doenças que matam crianças nos primeiros anos de vida em países em desenvolvimento.
Não é comum o sarampo em pessoas adultas. Geralmente quando um adulto desenvolve a doença é porque ele possui alguma falha imunológica e é por isso que o desenvolvimento dela nessas pessoas costuma ser um pouco mais grave. Respeitando o calendário infantil a vacinação contra sarampo acontece nos primeiros anos de vida. A vacina é extremamente eficaz e, salvo quando há surtos da doença, não há necessidade de toma-la depois que a pessoa não está mais no grupo de risco.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM