Fonte de contribuição dos empresários e investidos, em grande parte, no trabalhador, os recursos do Sistema S permanecerão desvinculados do orçamento da União. Isso significa que os R$ 20,5 bilhões do Sesi, Senai, Senac, Sesc, Sest, Senar e Sebrae não entrarão no ajuste fiscal do governo previsto para o ano que vem. Às vésperas do recesso no Congresso, a Comissão Mista do Orçamento rejeitou as emendas de parlamentares que previam a vinculação das duas receitas na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018. Diante disso, as entidades do sistema S continuarão tendo autonomia na aplicação dos seus recursos. O texto ainda segue para apreciação do plenário do Congresso neste segundo semestre.
As entidades do chamado Sistema S promovem, entre outras atividades, cursos gratuitos de qualificação de mão de obra do trabalhador, capacitando cerca de 12 milhões de pessoas por ano. Além disso, financiam merendas escolares e promovem atendimento à saúde das famílias dos trabalhadores ligados a esses setores. Integrante da comissão mista do orçamento, o deputado federal Bilac Pinto, do PR de Minas, diz que ter o orçamento desvinculado das receitas da União é positivo não só para as empresas, mas para o trabalhador.
Por ano, o Sistema S capacita, aproximadamente, 12 milhões de pessoas em educação básica e continuada, educação profissional e superior. Além disso, beneficia quase 50 milhões de brasileiros em serviços de saúde e segurança, atividades laborais e monitoramento da saúde, em suas ações feitas pelo Brasil. Também oferece 90 milhões de merendas e refeições escolares, 90 milhões de atendimentos em ações de lazer e cultura e atende 2,3 milhões de empresas. No caso do Sesi e do Senai, tudo é financiado por recursos da contribuição compulsória das empresas industriais.