O futebol já não é uma mania somente nacional, pois a bola rola em todo esse planeta que gira e talvez por isso, todos sentem quando essa bola para, não rola, não se põe a girar e não faz a torcida vibrar. Somente um vírus tão contagioso e impiedoso poderia parar essa bola. Todos os continentes já decidiram pela parada, mas o Brasil vacila na decisão. Prefere fazer a bola rolar sem público, sem a vibração da torcida. O jogo do Flamengo que tem colocado uma media de 50 mil pessoas no Maracanã e tem registrado uma das mais bonitas historias de amor com uma simbiose sem igual, enfrentou a Portuguesa pelo campeonato Carioca com o maracanã vazio. Um vazio que entristece, um silencio que machuca. O Flamengo sem seu principal jogador, embora Gabigol e outros não jogaram, mas estou me referindo a sua torcida, aquela que empurra, energiza e encanta. Se já não bastasse estar sem a força de sua torcida, o time do Flamengo entrou em campo aguardando o resultado dos exames que todos tiveram de fazer em função dos contatos com o diretor que foi confirmado a existência do coronavirus. Imagino como devia estar psicologicamente esses jogadores e outros profissionais do clube. Realmente os jogadores não estavam em um dia de fúria como tem sido nas partidas anteriores. Infelizmente não tem como fazer a bola rolar enquanto o vírus se multiplica em uma velocidade sem igual.
É hora da CBF começar a agir de maneira preventiva e passar a rediscutir com clubes e federações o calendário do futebol em 2020. A CONMEBOL precisa repensar a Copa América, rever o calendário da eliminatória da Copa do Mundo, Libertadores e Sul Americana, independente do colapso financeiro que vai gerar. A CBF e as federações estaduais estão evitando algo que será inevitável: os campeonatos vão paralisar. Sou apaixonado pelo futebol, não consigo me ver sem a bola rolar por muito tempo, mas o futebol somente tem sentido com a vida, saúde e alegria. Pela vida, a bola precisa dar um tempo.
Pelo menos essa é a minha opinião!