Nunca na história do futebol brasileiro houve uma procura tão grande dos clubes por treinadores estrangeiros. Mas qual o motivo por trás dessa recusa em contar com os profissionais brasileiros?
É notório que nas últimas edições dos principais campeonatos do nosso continente, o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores da América, os treinadores estrangeiros, mais especificamente os portugueses, tem dominado as disputas vencendo quase todas as competições desde 2019.
Neste ano a supremacia estrangeira não é diferente, no campeonato brasileiro os cinco primeiros colocados contam com comandantes estrangeiros e quase metade dos clubes da série A possuem treinadores internacionais.
Os técnicos brasileiros, por sua vez, na tentativa de justificar esse desprestígio alegam que como os adversários estrangeiros estão nos clubes com maior poder de compra no mercado, seu sucesso desfruta dessa vantagem.
Se pensarmos nas grandes ligas europeias a situação fica ainda pior, com nenhum nome brasileiro no comando dos clubes europeus, sendo Luiz Felipe Scolari o último treinador brasileiro à dirigir um time europeu de renome, o Chelsea entre 2008 e 2009.
Talvez esteja na hora dos nossos “professores” refletirem sobre o atual cenário em que se encontram e entenderem que no futebol, o conhecimento empírico sozinho não é suficiente, também é preciso estudar e estar em constante evolução.
Por Guilherme Pascoal Mereu
Formado em Educação Física na Fepi
Pós Graduado em Docência no Ensino Superior
Pós Graduando em Fisiologia do exercício e Nutrição esportiva
Treinador da Seleção de Itajubá de Futsal Feminino e Treinador do Futebol Feminino do Yuracan
Diretor da Revista Itajubá Esporte e Saúde