O Tétano é responsável por 500 mortes/ano no Brasil e como a doença já deveria ter sido controlada, com números bem menores, a situação é bastante preocupante. A doença é causada por uma bactéria chamadaClostridium tetani, encontrada no solo e estrume de diversos animais.
Gustavo Thomazine, coordenador da Escola de Enfermagem Wenceslau Braz, explica que aClostridium tetanitem como característica ser esporulada, sendo uma bactéria anaeróbica, ou seja, ela morre ao ter contato com oxigênio. Quando a bactéria encontra condições desfavoráveis de vida, ela passa por transformações, criando esporos, uma unidade de resistência no ambiente externo.
Essa “cápsula” que a bactéria cria para se proteger pode mantê-la viva por vários anos, até que condições novamente favoráveis apareçam, e por conta disso o contágio do Tétano é tão fácil. A doença acontece quando a pessoa tem um corte profundo e leva esses esporos para o interior do seu corpo.
É importante perceber que a bactéria em si não causa o Tétano. A doença é causada por uma toxina produzida pela bactéria, a tetanospasmina, que cai na circulação sanguínea e entra em pontos sinapses, onde o Sistema Nervoso interage com o músculo. O Tétano causa o estímulo no Sistema Nervoso e bloqueia os fatores que promovem o relaxamento muscular.
O Tétano começa com uma ferida e uma febre baixa. Normalmente há produção de pus na ferida e também dor de cabeça. Depois de duas a três semanas começam a surgir sintomas de rigidez muscular, contração dos músculos das costas, com possibilidade de lesões na coluna e fraturas ósseas, risos sardônicos e contração dos músculos da mão, que são sintomas mais graves e antecedem o óbito.
A principal forma de prevenção contra o Tétano é a vacinação, não sendo uma doença transmitida entre pessoas. Para se ter uma epidemia, as condições de saúde e higiene seriam muito precárias.
Mais informações na Escola de Enfermagem Wenceslau Braz através do telefone (35) 3622 0930.
Fonte: Conexão Itajubá / Panorama FM