Uma raquete de tênis em minhas mãos não tem uso algum, mas nas mãos do Guga, encantam o mundo. Uma vara em minhas mãos não servem nem para reger uma orquestra desafinada, mas nas mãos de Moisés, o ajudou a abrir o Mar Vermelho. Dois peixes e cinco pães em minhas mãos mal dariam para preparar um jantar em família, mas, há dois mil anos nas mãos de Jesus, alimentaram milhares de pessoas!
É fácil concluir que tudo depende das mãos: mãos que sabem jogar tênis podem fazer fortuna; mãos que obedecem a Deus podem receber muitas graças; e as mãos do Salvador ao serem pregadas na cruz, provaram que o verdadeiro amor ao próximo nos conduz à vida eterna!
É uma pena que alguns colocam os seus problemas nas mãos de pessoas que jogam com a sorte e outros preferem usar amuletos que ‘dão sorte’; eu, entrego as minhas preocupações nas mãos de Nossa Senhora do Sagrado Coração – que também afasta de mim a tentação de acreditar na sorte.
E você, o que faz com as mãos? Com certeza, conhece exemplos de pessoas enaltecendo sempre a vida cristã e outras insistindo em cavar a própria sepultura, não? Concorda que enquanto há mãos abençoadas que recebem Jesus na Eucaristia, infelizmente há também aquelas que nunca pegam no terço?
Sabemos que existem muitas mãos caridosas, porém, há outras que só servem para levar a comida à própria boca – aumentando a fome no mundo. Disse Jesus: “Se tua mão te leva a pecar, corta-a! É melhor entrar na vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga” (Mc 9, 43-44).
Há uma história de uma linda flor que nasceu no meio das pedras. Passou uma jovem e a arrancou porque achava que seria melhor cuidada em sua casa, mas, após uma semana, a flor morreu. Algum tempo depois, no mesmo lugar, a jovem encontrou outra flor igual àquela que havia apanhado. Pensando em não cometer o mesmo erro, deixou-a lá, mas veio a tempestade e a matou.
Pela terceira vez, a jovem encontrou outra flor no meio das pedras. Decidiu, então, voltar todos os dias para trazer terra, regar, adubar, podar, até formar um lindo canteiro! Dessa forma, através de suas mãos – que sempre cultivavam aquele jardim -, podia apanhar flores e ainda mantinha bonitas as que ali ficavam.
Eis um exemplo de mãos que por duas vezes erraram, mas, em tempo, foram capazes de produzir uma linda obra e belas colheitas! É feliz aquele que aprende com os próprios erros e se redime – praticando o bem dentro e fora de sua casa! Todos têm essa chance e são chamados por Deus para libertarem as mãos dos pecados, mas poucos aproveitam.
Até os animais irracionais lutam desesperadamente pela vida quando ameaçados de morte e, às vezes, conseguem sobreviver graças ao esforço de suas patas, mas, o homem, chega a usar as próprias mãos para se afastar de Deus; e o pior: não se arrependendo e não se convertendo, jamais verá a Deus!
Agradeça ao Pai pelas suas mãos perfeitas quando há tantas mutiladas. Agradeça pelas mãos abençoadas que podem trabalhar quando há tantas que mendigam. Agradeça se tem mãos fervorosas que rezam quando há tantas que fraquejam na fé.
Eu também agradeço pelas minhas mãos sadias que tocam um instrumento na missa quando há tantas que pegam em armas. E agradeço, sobretudo, a Nossa Senhora – a quem consagrei a minha vida – por conduzir as minhas mãos pelos caminhos do bem, da verdade e do amor. Rezemos para que Ela sempre ajude a colocar o futuro desta nossa nação mariana nas mãos das pessoas certas.
Assim seja!