Essa semana fiz questão de voltar ás origens e ir ver de perto o campeonato Municipal de Futebol de Itajubá. Pude lembrar os bons tempos em que saia do trabalho aos finais das tardes e fazia questão de passar pelo Estádio Coronel Belo Lisboa para assistir aos treinos do Yuracan se preparando para os desafios da segunda divisão do campeonato Mineiro de futebol. Na oportunidade em que lá estava o técnico Juquita comandando aquele timaço com Ricardo Lambari, Jorge Lambari, Bitonho, Zé Henrique, Jorge, Lau, Wellington, Heleno, Serginho, Paulo Borges e Laudo. Nesse domingo em realidades bem diferentes, o Yuracan enfrentou o Diamants pela segunda rodada do campeonato municipal. O que observei nesse jogo, foi que no primeiro tempo o Ganchão entrou jogando um esquema em 4-4-2 bem definido que embora tivesse total domínio da partida, tinha muita dificuldade de chegar com perigo ao gol do time do Diamants que estava bem postado defensivamente. Com isso, surgiam muitas bolas alçadas na área, mas sem grandes riscos principalmente pela falta de jogadores na área. Essa foi a meu ver o grande erro tático do Yuracan no primeiro tempo que não soube aproveitar as limitações do adversário e não teve a iniciativa de adiantar sua linha de defesa, encurtando o campo e colocando mais jogadores próximos a área. Um jogo em que não justificava apenas dois atacantes jogando isolados. Assim foi o primeiro tempo sem alterar o placar. No segundo tempo o Yuracan corrigiu a formação e além de começar jogando em 4-3-3 adiantando um jogador e mais jogadores chegavam às jogadas de ataques gerando mais perigo de gol. Foi uma dessas chances que surgiu o primeiro gol, quando um lançamento preciso chegou de maneira perfeita na cabeça do artilheiro Juninho (o camisa 9 do Ganchão), que de maneira sutil e inapelável, balançou as redes do Diamants. Não sei se por orientação do técnico do Yuracan, ou por descuido dos atletas, a defesa acabou atrasando sua linha de marcação defensiva, criando muito espaço no meio campo para que o Diamants explorasse melhor e também levasse perigo ao gol do Yuracan. Isso de certa forma estimulou o time do Diamants a subir sua linha defensiva gerando oportunidades como a que deixou o artilheiro Juninho entrar livre de marcação e mais uma vez levou até balançar mais uma vez as redes do Diamants, porém dessa vez, anulado pelo bandeirinha em função de um impedimento. Já chegando na reta final de partida, nova chance em uma cochilada da defesa do Diamants que não perceber que embora adiantado, o camisa dez do Yuracan estava com os pés antes da linha do meio campo, condições que não gera impedimento. Com muita tranquilidade o camisa dez honrou o numero da camisa e fez a protagonista do espetáculo rolar de maneira mansa e suave no histórico e Belo gramado do Coronel que também é Belo Lisboa. Um final de manhã que relembrei e constatei o verdadeiro futebol raiz.
Pelo menos essa é a minha opinião!