Um óbvio no mundo empresarial, mas não para o futebol

Durante três anos o setor financeiro foi o protagonista desta gestão. O clube buscou fazer o que as grandes e competitivas empresas fazem para crescer e fortalecer suas marcas.

O clube organizou uma frente para reduzir seu passivo criando um conselho gestor da dívida, sendo que a primeira etapa foi implementar um forte controle fiscal, reduzindo drasticamente seus gastos e renegociando com seus credores. No orçamento de 2014, o Flamengo destinou 87 milhões para pagamento de dívidas.

O clube que detém a maior torcida do Brasil, também teoricamente tem o maior mercado á ser explorado para obtenção de receitas.

Acreditando nisso, a outra frente foi aumentar as receitas através do desenvolvimento de novos parceiros para divulgar suas marcas através de espaços publicitários e um programa audacioso de crescimento do número de sócios torcedores. Isto possibilitou melhorar o fluxo de caixa de curto e longo prazo.

Agora no início de 2016, o Clube prepara uma das mais importantes campanhas para que os torcedores rubro negros faça um cadastramento de suas informações no clube. Será a mais inteligente pesquisa realizada pelo clube em toda a sua história.

Com o nome de censo Rubro Negro, o projeto pretende mapear os hábitos de consumo de seus torcedores, pois não adianta ser a maior torcida do país se você não souber quem é ela. Conhecer quem é seu cliente é o princípio básico de qualquer negócio.

Quem conhece um pouco de administração deve estar pensando que tudo que descrevi é óbvio nas ciências da administração, mas isto não é uma realidade para a gestão dos clubes de futebol no Brasil. O Flamengo está revolucionando a gestão sem fazer qualquer inovação, simplesmente fazendo o óbvio.

Pelo menos essa é a minha opinião!