Ao degustá-lo, minha memória foi remetida há um tempo longínquo lá na infância, onde no quintal de casa havia um enorme pé desta fruta que era o principal cenário para que a minha imaginação fervilhante, construísse qualquer coisa que desejasse.
Passava horas “nas alturas”, sempre em companhia de um amigo muito querido que também era “dono da caramboleira”, pois como éramos vizinhos, a árvore infiltrava-se pelo seu jardim, fazendo com que se sentisse proprietário do mesmo jeito.
Nessas aventuras, com a destreza de menino, subia pelos galhos que pintavam em cores vivas os céus de meus sonhos, me deliciava com o cheiro e sabor daquelas frutas que agora reverencio, aromatizando a memória daqueles tempos.
Era um tempo mágico, onde nossos sonhos ali construídos tinham a pureza de uma infância maravilhosa e cheia de encantos.
Hoje me deslumbrando com aquelas “estrelas adocicadas”, vou ao encontro da fonte e nela sequestro o melhor de mim, deixando-me levar no ser que de fato me tornei com as lembranças que guardo, trazendo de volta o menino que fui e que sempre que posso procuro resgatá-lo, fazendo assim a vida ficar mais leve, colorida e alegre.
Debruçado nas janelas dessas memórias, ergo um brinde a todas as possibilidades de alegria que tive nos meus caminhos infantis, desejando que você amigo leitor, possa compartilhar comigo esta divertida leveza, oferta da existência a garimpar estrelas, nos impregnando a alma de pureza, trazida da criança que carregamos dentro da gente.
Neste momento, você também perceberá um “fluir suave do tempo” que só é possível na infância, sem preocupações nem pressa, com total equilíbrio e harmonia, trazendo no olhar aquele brilho tão puro vindo das profundezas mais bonitas da nossa verdadeira essência…
Bem-vinda doce poção de felicidade!