Eu hoje acordei com uma vontade imensa de agradecer à vida o dom de fazer o que faço.
Lembrei-me de uma oração que se diz que é devida aos Celtas, povo extinto há muito.
Eu a ofereço aos meus doentes:
“Que a estrada se abra à tua frente.
Que o vento sopre levemente às tuas costas.
Que o sol brilhe morno e suave em tua face.
Que respondas ao chamado do teu Dom e que encontres a coragem para seguir-lhe o caminho.
Que o ardor do teu coração mantenha a presença flamejante e que o medo jamais te ronde.
Que a tua dignidade exterior reflita a dignidade interior da alma.
Que tenhas vagar para celebrar os milagres silenciosos que não buscam atenção.
Que sejas consolado na simetria secreta da tua alma.
Que sintas cada dia como uma dádiva sagrada tecida em torno do cerne do assombro.
Que a chuva caia de mansinho em teus campos…
E, até que nos encontremos de novo,
Que os Deuses te guardem na palma de Suas mãos.
Que despertes para o mistério de estar aqui e compreendas a silenciosa imensidão da Sua presença.
Que tenhas alegria e paz no templo dos teus sentidos.
Que recebas grande encorajamento quando novas fronteiras acenam e chamam.
Que esta mensagem transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu te esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz
E que a morte te seja apenas uma passagem!”
Boa viagem aos meus doentes, e que a minha também me seja leve!