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Uma pessoa muito especial

Publicado por Dra. Graça Mota Figueiredo em 21/07/2017
Ontem, conversando com um amigo, lembrei-me de uma antiga paciente.

Dona Candinha era mineira, de uma mineirice brejeira e generosa. Estava internada em uma Unidade de Cuidados Paliativos de um hospital em São Paulo. Tinha por acompanhante constante, atenta e carinhosa, a neta de 21 anos.

D. Candinha morria de velhice. Tinha um câncer de mama muito antigo, que não se espalhara pelo corpo. Aliás, o único nódulo, que aparecera há cerca de 60 anos na mama direita, tinha-se calcificado, diminuído de tamanho e nem sequer a incomodava. D. Candinha tinha 103 anos.

Era ela quem morria, mas nunca vi pessoa mais generosa.

Quando eu entrava no seu quarto ela me olhava atentamente e dizia: “Hum, hoje você está bem” e apenas me sorria. Conversávamos sobre ela e algum tempo depois eu saía do seu quarto.

Mas havia dias em que ela não gostava do que via no meu rosto (na verdade, às vezes eu penso que ela via a minha alma) e a sua expressão era: “Hum, hoje você não está nada bem”. Abria um espaço ao seu lado na cama e me chamava para deitar ao lado dela.

Quase tudo se pode fazer quando se cuida de doentes em fase de terminalidade. As regras nesse momento final são frouxas porque os desejos do doente é que tomam o lugar delas. Fazê-lo confortável, sem dores nem angústias é o objetivo de todos nós que trabalhamos com Cuidados Paliativos. Assim, nós também quebramos regras para nós mesmos, como quebramos para eles.

Eu me recostava ao seu lado e me preparava para aproveitar os próximos minutos: ela acariciava delicadamente o meu rosto, os meus cabelos, e murmurava baixinho palavras como “Nada na vida é irrecuperável”, “Tenha fé em você mesma”, “Você tem muita ajuda, fique tranquila”, e por aí adiante.

Nunca entendi como ela parecia saber a frase adequada para o que me estivesse acontecendo e me deixando abatida naquele dia. Nunca foi uma frase genérica de esperança, mas ela me dizia sempre o que era preciso ouvir naquele dia.

Quando ela morreu, o meu choro foi também de abandono!

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