Localizado na área de expansão da Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI, dentro do Parque Científico e Tecnológico de Itajubá – PCTI, o CTPB contará com instalações equipadas com tecnologias de ponta para o desenvolvimento e testes de equipamentos utilizados na produção de petróleo em condições típicas do pré-sal brasileiro. Essas condições envolvem pressões que podem ser até 200 vezes maiores do que a pressão atmosférica, água altamente salina e altos teores de CO2, chegando a até 80% v/v.
As obras do laboratório foram iniciadas em 2021 e hoje ele encontra-se totalmente operacional e, mesmo antes de sua inauguração formal, o laboratório já tem realizado atividades voltadas para o setor de. O óleo e gás.
Há mais de 27 anos, a UNIFEI, por meio de seu Instituto de Engenharia Mecânica, tem desempenhado um papel importante em projetos de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias no processamento de óleo e água produzida. Ao longo desse período, a universidade já concluiu com sucesso mais de 40 projetos de pesquisa nessa área.
O estabelecimento do CTPB é uma consequência direta dessa atividade e permitirá que a Universidade continue a desempenhar um papel fundamental nesse processo, gerando conhecimento e formando profissionais altamente capacitados.
A existência dessa instalação possibilitará a inserção da UNIFEI e do município de Itajubá no mapa global do petróleo, como um centro de referência em pesquisa, desenvolvimento e inovação nesse setor.
O CTPB dispõe da tecnologia mais recente para a caracterização de emulsões, permitindo a realização de medições de suas principais propriedades, como viscosidade, densidade, tensão interfacial, composição e dimensões das gotas de fase dispersa, tanto na fase líquida quanto na fase gasosa.
O banco de testes possui capacidade para movimentação de até 80 m³/h de fluidos, como água e óleo, e 90 m³/h de gases, permitindo a reprodução das condições de produção de um reservatório em todos os estágios de sua vida.
Além disso, o banco de testes conta com instrumentação para medições de vazão, pressão e temperatura. O projeto das instalações segue os mais rigorosos conceitos de segurança e proteção ao meio ambiente.
Este complexo tem como objetivo disponibilizar uma instalação experimental capaz de desenvolver e qualificar tecnologias de processamento de fluídos compactas, eficientes, robustas e de baixo custo.
Além disso, visa também abordar os desafios relacionados ao escoamento multifásico, garantia de escoamento e recuperação de energia.
Estas instalações podem apoiar o desenvolvimento e capacitação nas áreas de CCUS (Carbon Capture
Utilization and Storage e CO2-EOR (Recuperação avançada de petróleo associada à captura e armazenamento de carbono). O foco está no desenvolvimento de tecnologias eficientes, compactas e de baixo custo, visando tornar sustentável a redução das emissões de carbono.
O CTPB possui uma usina fotovoltaica com capacidade de 500 kWp (capacidade no pico de produção), que está conectada à rede de energia e possui potência disponível de 1,5 MW. O CTPB também possui capacidade de geração própria utilizando diesel, com mais 1,5 MW.
A necessidade de uma instalação como essa é tão significativa que, mesmo antes de sua inauguração, o CTPB já possui uma agenda formalmente contratada de testes e desenvolvimentos até o final de 2026, envolvendo um investimento de aproximadamente R$ 200 MM. Também estão em negociação contratos com empresas de outros países para além de 2027, com um valor estimado de R$ 175 MM.
O CTPB viabilizará a disponibilização de tecnologias disruptivas de processamento de fluidos, garantia de escoamento, CCUS e CO2-EOR, desempenhando um papel especialmente importante na consolidação do Brasil como um desenvolvedor tecnológico de destaque mundial para a indústria de Petróleo e Gás Natural.
A ampla gama de assuntos a serem estudados no CTPB permitirá o desenvolvimento de trabalhos de iniciação científica, teses de mestrado e doutorado, além da publicação de artigos técnicos de ponta na literatura especializada nacional e internacional.
Essa iniciativa colocará o Brasil na vanguarda tecnológica mundial, gerando um rico acervo de conhecimento e impulsionando o avanço do setor de Petróleo e Gás no país.