Em 13 de junho de 1888 nascia em Lisboa um dos maiores poetas de língua portuguesa: Fernando Pessoa. Criador de heterônimos famosos como Álvaro de Campos, Pessoa recebeu uma homenagem do Google e, agora, também do nosso blog pelo 123º aniversário. Não está lembrado do que escreveu Pessoa? Reconhece estes versos?
“Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”
Vale a pena também conhecer mais a obra Fernando Pessoa. Deixamos o poema que inspirou esse post e, com certeza, pode inspirar muitos viajantes aiesecos, mesmo que não sejam intercambistas.
“Viajar? Para viajar basta existir. Vou de dia para dia, como de estação para estação, no comboio do meu corpo, ou do meu destino, debruçado sobre as ruas e as praças, sobre os gestos e os rostos, sempre iguais e sempre diferentes, como, afinal, as paisagens são.
Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir.
“Qualquer estrada, esta mesma estrada de Entepfuhl, te levará até ao fim do mundo”.
Mas o fim do mundo, desde que o mundo se consumou dando-lhe a volta, é o mesmo Entepfuhl de onde se partiu. Na realidade, o fim do mundo, como o principio, é o nosso conceito do mundo.
É em nós que as paisagens tem paisagem. Por isso, se as imagino, as crio; se as crio, são; se são, vejo-as como ás outras. Para que viajar? Em Madrid, em Berlim, na Pérsia, na China, nos Pólos ambos, onde estaria eu senão em mim mesmo, e no tipo e gênero das minhas sensações?
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.”
– Fernando Pessoa
Uma viagem pode ser uma experiência única, desde que tenha-se em mente que o mais importante é viver a experiência – depende de você.
Homenagem do Google
Fonte: Google